O conselho da Associated Press aprovou, na semana passada, uma revisão nos preços e nos pacotes de notícias para jornais membros nos EUA, noticia Seth Sutel [AP, 25/10/07]. Em vez de oferecer pacotes com base no volume de notícias – grande, médio ou pequeno -, a agência oferecerá planos de notícias nacionais, estaduais ou internacionais, com opções para adicionar outros serviços ou comprar matérias individualmente.
Tom Brettingen, vice-presidente da AP para mercados globais de jornais, afirmou que os novos planos de assinatura darão mais flexibilidade aos jornais americanos para usar notícias de interesse local que ocorreram em outras regiões, nas quais eles não dispõem de correspondentes. As mudanças passarão a valer a partir de 2009. Brettingen informou que, com isso, a agência irá perder US$ 6 ou US$ 7 milhões em lucros anuais, que deverão ser recompensados com o crescimento de vendas em outras áreas, como vídeo e vendas on-line. No final de 2006, a AP registrou 30% dos seus lucros com venda para jornais membros americanos e 15% da venda on-line para veículos de comunicação não-membros.
A agência não modifica a estrutura de pacotes de notícias desde 1985, quando começou a cobrar dos jornais com base em suas tiragens, em vez da população de suas áreas. Os valores cobrados aos membros estão congelados desde 2007 e permanecerão os mesmos em 2008. Segundo o CEO Tom Curley, a nova medida é uma estratégia para agradar (e manter) os cooperados, já que alguns jornais membros declararam que preferem não pagar por notícias que não utilizam. A AP, fundada em 1846, é uma cooperativa formada por jornais, rádios e TVs americanas.