Alguns dos jornalistas delatados por Diogo Mainardi nas edições piratas deste Observatório da Imprensa (Veja nº 1934 e 1935, de 7 e 14/12/2005) estavam lá por razões que nada tinham a ver com suas posições políticas. Na verdade, Mainardi detesta política, nada entende de política e faz questão de exibir sua colossal ignorância – nesta e em outras matérias.
O que ele pretende é intimidar. Pelo menos dois dos mencionados nas suas delações reclamaram recentemente que o jornalista Pimenta Neves, o assassino da namorada (também jornalista), obtivera autorização para sair do xilindró. [Ver abaixo links para matérias deste OI sobre o caso.]
Como se sabe, o pai do Diogo, Enio Mainardi, hospedou Pimenta Neves depois do assassinato até a hora em que se entregou à polícia. Até aí nada demais. Acontece que ao grupo de amigos interessava manter a soltura do réu sob sigilo para não provocar reações capazes de reverter a decisão judicial.
Como alguns jornalistas não se conformaram com o pacto de silêncio, Diogo Mainardi resolveu puni-los exemplarmente. Por intermédio de Veja. Acusando-os de estar a serviço de alguma facção lulista.
Queria pichá-los, vingar-se. Significa que está usando um espaço público para defender interesses privados. Está usando o poder de Veja para exercer a sua onipotência.
Coisa da Cosa Nostra.
Pimenta Neves é um jornalista exemplar mas cometeu um crime. Protegê-lo desta forma é crime ainda maior.