A primeira semana de publicação da série de 13 partes do The Washington Post sobre o assassinato da ex-estagiária da Casa Branca Chandra Levy já gerou críticas. Para justificar a sua publicação, o editor responsável pela reportagem, Jeff Leen, afirmou ao repórter Joe Strupp [Editor & Publisher, 21/7/08] que a investigação do diário trouxe informações novas.
Chandra desapareceu em 2001 e foi encontrada morta posteriormente no Rock Creek Park, em Washington. O caso atraiu interesse nacional somente depois que se descobriu que a ex-estagiária teve um caso com o ex-deputado democrata Gary Condit, para quem trabalhava. Ele, no entanto, não foi considerado suspeito do assassinato, pois as pistas levam a crer que ela foi vítima de alguma forma de violência.
Longa história
Trata-se de um conjunto de matérias encadeadas, e não artigos separados, que começou com um epílogo no dia 13/7 e encerra-se no dia 27/7. Leen disse ainda que as críticas à série por ser muito longa eram infundadas, reforçando que no ano passado uma série sobre o vice-presidente Dick Cheney, ainda maior, foi vencedora do Pulitzer. ‘Os leitores saberão de tudo o que a polícia sabe, então a investigação vai para outra direção e terá algo novo no final’, contou. ‘Nunca vi um nível de interesse tão grande em uma série como agora’. No sítio, já foram postados quase 500 comentários.
Dentre as revelações da série, Leen citou que a polícia de Washington ficou sem saber durante um mês que Chandra usou seu computador, em 2001, para fazer uma busca sobre trilhas no parque onde foi encontrada e que os policiais também não sabiam que a polícia do parque havia mostrado uma foto da ex-estagiária a um homem preso por atacar mulheres no local e que ele a havia reconhecido.
Em um chat promovido pelo diário com Leen e três repórteres da série – Sari Horwitz, Scott Higham and Sylvia Moreno -, apenas o editor parecia estar presente. Ele justificou à E&P que só era possível usar um login, porém todos estavam participando.