Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Cem profissionais de imprensa mortos em seis meses

Cem jornalistas e assistentes de mídia morreram enquanto realizavam seu trabalho nos primeiros seis meses de 2007, colocando o ano no caminho a se tornar o mais letal para profissionais de imprensa. O anúncio foi feito na sexta-feira (29/6) pelo International News Safety Institute, rede, com sede em Bruxelas, formada por organizações de mídia, grupos em defesa da liberdade de imprensa e ativistas humanitários que se dedicam à segurança dos profissionais de mídia.

Segundo dados do instituto, o Iraque é o país mais perigoso para jornalistas – e assim tem sido nos últimos anos. De fato, a marca de cem profissionais mortos foi atingida com o assassinato, no início da semana passada, de Hamed Sarha, que trabalhava para a agência de notícias nacional iraquiana.

Ritmo acelerado

Pelos dados coletados, 83 jornalistas e 17 assistentes de mídia morreram em todo o mundo entre os dias primeiro de janeiro e 26 de junho; 72 deles foram assassinados. No mesmo período no ano passado, foram contabilizadas 68 mortes. Até agora, 2006 era o pior ano de que se tinha registro para a perda de jornalistas. Foram 186 assassinatos ou mortes relacionadas ao trabalho no ano passado.

O diretor da organização, Rodney Pinder, diz que o ritmo acelerado das mortes este ano é algo preocupante. ‘Nós nunca vimos um índice de mortes tão alto no meio do ano, e tememos pelo que está por vir’, afirma.

No Iraque, 22 jornalistas e membros de equipes de apoio – como motoristas, intérpretes e técnicos – foram assassinados nestes seis primeiros meses, enquanto 14 morreram em incidentes relacionados aos conflitos no país. Na lista dos países com mais mortes, estão o Afeganistão, com cinco; o Haiti e as Filipinas, com quatro, cada; Somália, Índia e territórios palestinos, com três; e Brasil, Sri Lanka e México, com duas mortes. Informações de Slobodan Lekic [AP, 29/6/07].