Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Conrad Black é condenado por fraude

O empresário de mídia Conrad Black foi condenado no sábado (14/7), em Chicago, por acusações de fraude e obstrução à justiça. Ele pode enfrentar até 35 anos de prisão. Black foi inocentado de outras nove acusações, entre elas extorsão. Ele deve apelar da decisão e espera-se que a juíza que preside o caso permita que o magnata permaneça em liberdade sob fiança durante o processo. Três ex-sócios de Black também foram condenados por fraude.

O julgamento de Black, conhecido também como Lorde Black de Crossharbour, e seus ex-sócios durou quase quatro meses. Eles foram acusados em 2005 de desvio de dinheiro da empresa Hollinger International, que era presidida pelo empresário. Na ocasião, estimava-se que a quantia desviada chegava a mais de US$ 80 milhões. Durante o processo, o valor foi reduzido para US$ 60 milhões. F. David Radler, que foi sócio de Black por mais de 30 anos, declarou-se culpado no início do processo por uma acusação de fraude e aceitou participar como testemunha no julgamento em troca de uma pena mais branda.

Investigação interna

Uma investigação interna de 2003 afastou Black e Radler da diretoria da Hollinger e levou à investigação criminal. Além da possibilidade de prisão, o magnata pode vir a perder US$ 1 bilhão em uma ação civil que envolve outros acionistas do grupo – lesionados pelo desvio de dinheiro.

Black comandava, pela Hollinger International, um império internacional de mídia que incluía os jornais Daily Telegraph, Jerusalem Post e Chicago Sun-Times. Informações de Richard Siklos [The New York Times, 14/7/07].