O Wall Street Journal nomeou, na semana passada, Marcus W. Brauchli como seu novo chefe de redação, sucedendo Paul E. Steiger, no cargo desde 1991. Brauchli, de 45 anos, começou a trabalhar na Dow Jones, empresa que publica o Journal, em 1984, como revisor. Ele atuou também, por muitos anos, como correspondente estrangeiro do diário. Desde 2005, o jornalista ocupava o cargo de subchefe de redação. Steiger será o editor geral do Journal a partir do dia 15/5. Ele atingirá a idade obrigatória de aposentadoria – que é de 65 anos – no final de 2007.
Brauchli terá um grande desafio pela frente. A migração da publicidade do impresso para a rede atingiu seriamente a indústria jornalística – e também o Journal. Na terça-feira passada (17/4), a Dow Jones registrou queda de 1,8% nos lucros publicitários do Journal no primeiro trimestre, comparado ao mesmo período do ano passado.
Mesmo assim, o diário decidiu arriscar com medidas que desafiam as tendências do setor: lançou uma edição aos sábados, na tentativa de ampliar sua base de anunciantes além da esfera do setor econômico, e exigiu que seus leitores paguem para acessar a maior parte do conteúdo de seu sítio. De acordo com a Dow Jones, o crescimento online da página jornalística superou seu declínio no impresso.
Novas mídias
L. Gordon Crovitz, publisher do Journal, disse que selecionou Brauchli porque ‘ele tem um histórico de ser um agente de mudanças que realmente entende a era digital e as oportunidades para uma organização midiática como o Wall Street Journal‘. Brauchli anunciou que terá como prioridade ‘entender como podemos melhor servir nossos leitores em diversas mídias em um período onde há constantes mudanças no modo como as pessoas consomem informação’. Informações de Katharine Q. Seelye e Richard Pérez-Pena [The New York Times, 19/4/07].