Como fazer com que os jovens leiam mais jornais? Como formar os futuros leitores? Um dos caminhos é dar-lhes um jornal que seja um bom resumo do melhor da imprensa francesa, pensaram alguns jornalistas, que logo passaram à ação.
Um jornal com esse objetivo acaba de ser lançado. Chama-se Citato, é gratuito e tem uma tiragem de 200 mil exemplares. Mensalmente, Citato fará uma seleção das cinqüenta melhores reportagens e artigos publicados na imprensa francesa – entre 30 publicações escolhidas – para abrir a jovens leitores o mundo desconhecido da imprensa escrita.
Jovens e a imprensa
Quem pensa que a frase anterior é um exagero, que veja a pesquisa feita entre 504 jovens franceses de 15 a 25 anos para o primeiro encontro ‘Assises de la presse écrite et de la jeunesse’, que se reuniu em Bordeaux, em março. Diante da pergunta ‘Dentro de cinco anos, como você pensa que a maioria dos jovens se informarão?’, as respostas distribuíram-se assim:
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Pela imprensa escrita: 4%**
Pelo rádio: 3%**
Pela televisão: 34%**
Pela internet: 57%**
Outros: 1%**
Não sei: 1%Eles lêem muito pouco os jornais mas têm a leitura da imprensa escrita em alta conta. Basta ver as respostas que deram à pergunta ‘Você pensa que ler regularmente um jornal é necessário?’. Os jovens pesquisados disseram SIM para:
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Compreender em profundidade o que se passa: 74%**
Acompanhar os acontecimentos: 71%**
Desenvolver o espírito crítico: 69%**
Forjar uma opinião: 64%.Além disso, os jovens querem que os jornais abordem mais assuntos que tenham a ver com a vida deles (38%), que os jornalistas dêem mais explicações (37%), que a apresentação seja mais sedutora (33%) e que o preço seja mais baixo (32%).
Todos os diretores dos grandes jornais nacionais (Libération, Le Figaro, Le Monde, entre outros) foram convidados a falar aos jovens em Bordeaux.
Europa no ar!
A Europa deve estar mais presente nos programas de televisão de todos os países da União Européia. Para isso, a Comissão Européia convida os responsáveis pelas estações de rádio e TV dos 15 países a dar em seus veículos maior visibilidade da UE. Em contrapartida, a comissão financia até a metade dos custos de programas de rádio e TV (até 75 mil euros para um programa de rádio e 300 mil euros para um de TV).
Os programas devem tratar dos novos países que deverão entrar para a UE em maio, além de discutir o futuro da Europa e as relações entre as políticas européias e a vida concreta dos cidadãos. A Comissão Européia quer também que o cidadão europeu entenda que algumas questões como a luta contra o terrorismo, a defesa da qualidade do ar ou a segurança alimentar não podem mais ser tratadas isoladamente pelos Estados membros.