Ou, melhor: horoscoparanóia.
Gente, o seguinte: o Oscar Quiroga me persegue. Sério mesmo. O dono da coluna astrológica no ‘Caderno 2’ do Estado de S.Paulo está numa campanha de mídia contra mim. Perto disso, o que fizeram com o Senado e com a Câmara dos Deputados é fichinha. Nós, de Sagitário, estamos expostos a uma persistente doutrinação da opinião pública no sentido de convencer a todos de que o nosso signo é sofredor, só erra, é egoísta e caminha celeremente para o abismo. É muita injustiça. Mas, respiro fundo, preciso ir devagar com este meu andor. Se eu não começar esta história pelo começo, por onde ela deve começar, você, caro leitor do Observatório, você que prima pela delicadeza quando se dirige a mim, vai dizer que fiquei paranóico. Não vou contra-argumentar, mas o fato de você poder dizer que eu ando paranóico não significa que eu não esteja sendo perseguido. E estou. Hei de provar.
Com calma. Eu disse que teria de começar do começo, sob pena de ser atirado no mais cruel descrédito. Peço que você tenha paciência, porque é o que farei. No princípio, devo iniciar por uma questão óbvia, uma questão de método: por que falar de horóscopo no Observatório da Imprensa? Digamos que a explicação seja um tanto quanto simples: os jornais mudam de diagramação, de formato, de projeto gráfico, de colunistas, de diretores – mas nunca deixam de publicar suas colunas de horóscopo. Sempre foi assim. São colunas muito lidas, como sabemos. Se fizessem pesquisa a respeito, talvez descobrissem que os índices de confiabilidade da astrologia, na opinião do leitorado, estão entre os mais altos de tudo o que aparece no jornal. Tanto que os signos estão todos lá, todos os dias, e não há editor que ouse arremessá-los para fora do vagão da imprensa. Os leitores gostam. Sendo o Observatório um fórum dedicado a debater a imprensa, nada mais natural, portanto, que ele se ocupe também de horóscopos.
Ao mesmo tempo, é difícil imaginar algo mais antijornalístico do que o horóscopo. Pense bem: pode haver um zodíaco objetivo? Você conhece algum horóscopo crítico? Existe horóscopo independente? Ele pode ser preciso? Factual? O autor da coluna consulta suas fontes on ou off? As informações que ele publica são passíveis de ser verificadas por um ser humano dotado de suas habilidades normais? Não sei, não sei. Mesmo assim, o horóscopo não sai da pauta. E, depois, há tanto antijornalismo em tantas outras pautas cotidianas que não se deve pedir ao horóscopo que ele pague o pato sozinho.
Curva perigosa
Imagino que sejam milhares, talvez milhões de brasileiros aqueles que acreditam que os astros não mentem jamais. Admitamos que não mintam. O que irrita um pouco é que eles se mostram despudoradamente volúveis. Dizem ‘A’ para um jornal e, no mesmo dia, proclamam ‘Z’ para outro. Tanto que, à primeira vista, a gente tem a impressão de que para alguém esses astros andam mentindo. Que credibilidade eles querem ter se se contradizem com tamanha assiduidade?
Leio o horóscopo do Globo e sou convencido de que um mar de rosas vai se abrir para mim. Leio o da Folha, da Bárbara Abramo, e sou tentado a ir com mais cautela para a rua naquele dia. Aí, quando leio o Quiroga, por Zeus, quero me esconder embaixo da cama até o dia seguinte. ‘Pule esse dia’, digo a mim mesmo. Mesmo as fontes murmurantes e insondáveis do mundo político, que entulham de ‘offs‘ as páginas dos diários, mesmo elas são mais coerentes. Os astros, que, tudo bem, nunca mentem, parece que não primam pela coerência.
Não digo isso para ser irônico. Nem para zombar de quem acredita nos astrólogos. Não digo isso para contestar os profissionais da área. Meu maior respeito a todos eles. Em tudo, eles não são piores do que 90% dos economistas, que também vivem de previsões – quase sempre erradas. Apenas denuncio a incoerência midiática dos astros porque, dada a minha formação, tenho por hábito depositar fé nas linhas da imprensa. Inclusive nas astrológicas. Se essas linhas devem ser dignas de fé, como explicar racionalmente as discrepâncias? Socorro-me, nesse caso, às diversidades naturais do espaço público. Tento crer que as disparidades astrológicas devem ser debitadas aos pontos de vista antípodas que disputam a hegemonia num ambiente democrático. Assim, concluo que, em se tratando dos signos – os signos do zodíaco, bem entendido –, os nossos diários seguem linhas ideológicas bastante distintas. Vai ver que a explicação é essa: uma questão de ideologia dos jornais. O leitor que se afine com quem quiser.
Comigo aconteceu algo estranho, quem sabe já preconizado pela minha carta astral: fui me afinar com quem menos gosta do meu signo. Escancaradamente não gosta. Para o Quiroga, a escória da humanidade é de Sagitário – e eu tenho as provas, que exibirei logo mais. Sim, eu sei que eu deveria passar imediatamente à demonstração empírica, às provas materiais que corroboram a minha tese antipática, mas, antes disso, tenho ainda me ocupar de mais um prolegômeno: justificar-me para esse público de leitores céticos por ter me tornado um consumidor de astrologia. Não desanime, leitor. Será uma justificativa breve.
Devo apresentá-la, esta justificativa, pois que, sem ela, ficará aqui a impressão de que estou apenas de brincadeira com este artigo. Ficará a impressão de que colhi ao acaso umas três ou quatro caracterizações desfavoráveis dos sagitarianos para depois ficar aqui me divertindo no Observatório. Mas não é isso (ainda que eu deveras me divirta). Eu tenho lido o horóscopo de coração aberto – de ‘alma limpa’, como gosta o Quiroga – e, não obstante, só levo na cabeça. Pois então: por que, depois de velho, de tão velho, fui derrapar nessa curva perigosa? A justificativa, como prometi, há de ser breve. (Se a vida, que é a vida, é tão breve, por que nossas justificativas precisam ser demoradas?).
Guerra de nervos
O humano gosta disso, eu acho, isso de espreitar nos sinais sutis do acaso desígnios ocultos que impactarão nossos míseros destinos. Adivinhos revolviam vísceras de animais na Grécia antiga e delas extraíam mensagens só legíveis aos seus olhos perspicazes. Outros jogam búzios. Há os que gostam do Tarô. Uns tantos brincam com o I Ching e tentam decifrar suas montanhas, seus vales, seus rios. Suponho que existam os que leiam as nuvens no céu, assim como se faz com a borra do café – e, em alguns consultórios de psicanálise, os analistas decifram os resíduos dos sonhas da véspera que seus pacientes conseguem transportar até o divã.
A lista de modalidades de leituras do acaso seria interminável. O horóscopo é apenas mais uma, uma que é aceita por se considerar indolor (vã ilusão). O horóscopo nos oferece as classificações e os ordenamentos que hierarquizam o caos, mais ou menos como o jornalismo faz todos os dias com as manchetes. Assim, ele nos abre portas para pensarmos sobre a nossa própria natureza à luz das interveniências que não dominamos. É um jeito, vá lá, de dialogarmos com as nossas incongruências íntimas, que são muito maiores do que as inconsistências dos astros.
Sim, eu sei que estou enrolando: vou para um lado e para outro e não digo por que é que, afinal, fui me render a esse esporte popular. O horóscopo do dia é uma nota tão curtinha, está lá mesmo, à toa, dando sopa, que a gente um dia ou outro acaba sucumbindo. Quem sabe ela não nos dê uma dica valiosa? E então? Por que fui me render?
Eu poderia pôr a culpa nos outros – ou nas outras. Sempre tem alguém de quem a gente gosta que se põe a ler, olhos atentos no ‘Caderno 2’, aquelas frases vagas da astrologia do Quiroga. Eu já vi esse espetáculo algumas vezes – com protagonistas diferentes. Nunca ele me interessou. Até que, um belo dia, vi despertar em mim vontade de entender daquilo um pouco mais. Foi muito parecido com quando resolvi aprender russo ou com o tempo em que decidi que me tornaria um bom cozinheiro: projetos nos quais acabei fracassando.
Comecei a ler o horóscopo por uma transferência de afeto, eu acho. Era um jeito de me sentir próximo de quem já andava distante – como a aura da obra de arte em Benjamin. Era um jeito brincalhão de matar a saudade e, com o tempo, foi virando coisa pior, bem pior. Entrei numa guerra de nervos com o Quiroga. Uma guerra cujas batalhas fui perdendo, uma após outra, dia após dia, até me convencer de que sou pó (pelo menos esse bem ele me fez). Enfim, ‘tudo era apenas uma brincadeira e foi crescendo, crescendo, me absorvendu-u-u’. Eu me viciei no Quiroga.
‘Tempo complexo’
Demorou para que eu me reconciliasse com o meu senso crítico e visse, ali, no que se dizia dos sagitarianos, uma clara manifestação de intolerância. No fim do ano passado, quando meu vício era uma flor em botão, ele me dizia todos os dias que eu deveria deixar de querer controlar os outros. Religiosamente, todos os dias, ele me passava um sermão de umas 25 palavras. Ou eu me entregava ao fato de que a gente não controla ninguém, ou eu seria um infeliz. Descontroladamente macambúzio. No princípio, não me pareceu perseguição. Com humildade, comecei a olhar o que ele dizia dos outros signos, pois logo desconfiei: vai ver que a mesma coisa que agora vale para mim vai valer amanhã para Escorpião, para Gêmeos, para Capricórnio. Mas não. Entre todos, o Sagitário é quem mais levava aquelas enquadradas disciplinadoras. O Sagitário é o pior aluno da turma. Zéro de la conduite.
Passei bem pelo final do ano, apesar dos dissabores, das injúrias, da campanha difamatória da mídia contra meu signo. Pensei que, quando 2009 começasse, tudo seria diferente, mais leve. Ao menos nas páginas do Quiroga. Eu tinha começado a lê-lo para me divertir e escorreguei para um precipício. Sim, as coisas tinham de melhorar. Tinha de melhorar. Mas, não, elas só pioravam. Pelo menos no texto dele, elas só pioravam. Parecia um complô da mídia contra a minha tênue subjetividade.
No dia 30 de março, do qual nunca mais me esquecerei, abro o ‘Caderno 2’ e levo um soco no estômago. Eis o que o Quiroga dizia aos que, como eu, sofrem da fatalidade de ter nascido sob esse signo:
‘Está tudo desabando, mas sua alma prefere não tomar conta disso, dado se interessar mais nos empreendimentos que a entusiasmam. Está tudo desabando, mas realmente esta não é mais importante dentre tudo que acontece.’
‘Tudo desabando’? Nada vai ficar de pé? Naquela fase, meu vício tinha atingido seu pico. Eu inquiria o vazio, atônito: o que está desabando, o quê? Liguei para os meus irmãos, sem perguntar diretamente, para ver se algum deles ia me dar uma notícia devastadora. Felizmente, com eles tudo estava bem. Em casa, também, a rotina parecia normal. Mas fiquei com aquilo me amolando. O que é que está desabando comigo que eu não sei? O que o Quiroga sabe sobre minha tragédia que eu mesmo não sei? Eu me sentia vítima de uma originalíssima invasão mediúnica de privacidade. Todos os que lessem o meu horóscopo naquele dia saberiam que, em algum terreno, no financeiro, no profissional, no amoroso, no familiar ou no acadêmico, sei lá, em algum desses campos ‘estava tudo desabando’ comigo. Chato, não? Invasão de privacidade. Como é que se publicam essas coisas sobre nós assim nos jornais?
O pior, para mim, é que, sem poder esboçar reação contra o vaticínio que se abatia sobre minha sina, eu então procurava me engajar ‘nos empreendimentos’ que ‘entusiasmam’ a minha ‘alma’. Eles me salvariam. E isso, justamente isso é que foi o mais terrível. Estava tudo médio para mim. Tudo absolutamente médio. Não vi nada desabando, não naquele dia, o dia de validade daquele horóscopo, mas também não vi nenhum ‘empreendimento’ entusiasmando a minha alma, pobre alma, esta, sim, derrubada depois de ler aquilo. Desabada. Fiquei vendido. Tentei suprimir aquele dia da minha agenda. Corri quase sem respirar para o dia seguinte, dia 31 de março de 2009:
‘Você terá a chance de completar algumas jogadas e seria melhor aproveitar ao máximo a oportunidade, dado que, depois, você também terá de tomar conta de todas as outras coisas que não andam tão bem. O tempo atual é complexo.’
Nessa manhã, terminei a leitura e quase caí na tentação de xingar em silêncio o astrólogo responsável por tão corrosiva maldição. Sem sacar as ‘jogadas’ que eu deveria ‘completar’, eu indagava, por Júpiter, quais eram as coisas que não andavam tão bem? Não sei, nunca soube. Nunca me contaram. Enquanto isso, o signo dos meus mais próximos ia às mil maravilhas. Menos mal. ‘O tempo complexo’ me sufocava.
Ponta de preocupação
Fiquei um pouco aliviado quando, no dia 13 de abril, o meu ‘tempo complexo’ desanuviou, ao menos em termos. Quiroga resolvera me dar um fio de esperança, depois de duas semanas de trovoadas e de escuridão. Dizia ele:
‘O tempo que você passar demonstrando enfado e cansaço será o tempo perdido que poderia ter sido aproveitado para avançar na direção de dinâmicas mais alegres nos relacionamentos. O tempo, afinal, é um só.’
Pelo que pude entender, a bonança viria se eu soubesse ser um bom rapaz. Viria se eu parasse com esse cacoete de demonstrar enfado e cansaço. Demonstrar a quem? Qualquer pessoa valia? O guarda da rua? O porteiro da USP? O dono da banca de jornal? Pelo sim pelo não, saí de casa nesse dia tentando ostentar um ar de disposição atlética, quase saltitante. Ao mesmo tempo, eu me intrigava. Tentava inutilmente compreender a chave daquela recomendação, o que havia de específico ali que servisse de modo particular a nós, os sagitarianos. Não encontrava resposta. Aquela me parecia uma orientação válida para qualquer pessoa a qualquer tempo, o tal tempo que era ‘um só’, ainda que ‘complexo’. Não obstante, eu a segui como um carneiro. Acho que no meio da tarde eu já estava um tanto cansado, enfadado mesmo, de ficar fingindo que, na gramática do meu corpo, essas palavras, enfado e cansaço, não existiam. Devo ter desmoronado.
No dia 20 de abril, um feriado varonil, eu tive a sensação de que Quiroga queria me propor um pacto, uma trégua. Me animei outra vez. Finalmente ele parecia ter descoberto o meu valor, meu magnetismo natural.
‘Desempenhe sua magia, faça com que tudo adquira movimento, incentive as pessoas próximas a atuarem com atrevimento e criatividade. Desempenhe sua magia, este é o momento no qual muita coisa boa pode acontecer.’
Foi um dia histórico. Pela primeira vez, que eu me lembre, e isso ao longo de vários meses, o meu horóscopo era francamente positivo. Pra cima! Minha alma, para usar aqui o vocabulário de Quiroga, sorriu feliz. Mas as horas foram passando e, a contragosto, fui notando que nem toda a humanidade concordava com aquele horóscopo. Vivi contrariedades e asperezas à tarde e com o cair da noite nenhum sol de exuberância nasceu para mim. Fiquei cismado que só. Será que, naquela véspera de feriado, o Quiroga tinha tirado uma da minha cara?
Dito e feito. Veja, solidário leitor, o que ele me publica no dia seguinte, 21 de abril de 2009:
‘Ainda que tenha dado tudo de si, ainda que tenha desempenhado sua magia mais poderosa, mesmo assim as circunstâncias do mundo fazem com que as pessoas não andem com essa bola toda. Melhor não queixar-se, mas seguir em frente.’
Ele sabia! Ele sabia desde a véspera que o meu dia não seria uma apoteose, com os semelhantes se ajoelhando ao meu charme luminoso. Ele sabia! Ele tinha caçoado de mim ao me animar a sair por aí seguro da minha ‘magia’. Ele sabia que eu quebraria a cara. E, agora, vinha com essa: ‘as circunstâncias do mundo fazem com que as pessoas não andem com essa bola toda’. Como não queixar-me. Foi ali que resolvi: vou queixar-me no Observatório da Imprensa. Pelo menos isso me resta. Farei a crítica da imprensa do horóscopo. Não permitirei que a minha minoria política, a minoria dos sagitarianos, seja assim exposta ao ridículo. Hei de reagir. Mas foi só na segunda-feira (27/4), que comecei a escrever.
Escrevo, porém, com uma ponta de preocupação. Veja, prezado leitor, o que o Quiroga publicou na mesma segunda em que fechei este artigo:
‘Haverá momentos em que a inteligência e o poder subirão à cabeça de forma enviesada. Nesses momentos, sua personalidade se achará na crista da onda, superior aos de sua espécie. Neste mesmo momento começará a queda.’
Vontade inquebrantável
Desde logo, aviso a todos os corpos celestes, navegantes do céu redondo: a inteligência não me subiu à cabeça. O poder muito menos. Não me acho na ‘crista da onda’ e nem superior a ninguém. Humildemente penso na vida, nas mulheres que amei e nos astros que me abandonaram. Pensando neles, aliás, penso também numa proposta que eu gostaria de apresentar-lhes: a adoção de cotas astrológicas. Se adotadas, as cotas obrigariam todo astrólogo a falar bem dos sagitarianos durante pelo menos seis meses por ano (o mesmo valeria para outros signos, não tem a menor importância). Na outra metade do ano, os astrólogos poderiam nos chamar de infantis, de inseguros, de controladores, de vaidosos, de desanimados, do que quisessem, mas, durante esses seis meses, teriam de nos enaltecer como se fôssemos o que a humanidade produziu de melhor.
A idéia não me parece tão má assim. Eu também tenho o direito de acordar de manhã e sentir que o horoscopista acredita em mim, piamente, e que ele gosta de mim de verdade. Tenho o direito de vê-lo, no dia seguinte, reincidir em sua confiança plena na minha natureza gloriosa, iluminada. Tenho o direito de me sentir feliz, ao menos quando leio o horóscopo, ao menos durante meio ano que seja.
Bem, é claro que, aqui, e só aqui, eu estou brincando um pouquinho. Aqui eu não falo tão sério assim. Fora o quê, os astros, também eles, eu bem sei, não iriam topar essa proposta de reserva de mercado. E não é certo que fossem achar graça da brincadeira. De um jeito ou de outro, eles, os astros, precisam rever sua posição. Para o bem da pluralidade democrática entre os signos, eles precisam revê-la. Nós, de Sagitário, não podemos pagar pelos pecados do mundo.
A mídia, instrumentalizada por certos planetas e certas estrelas, quer nos diminuir a todo custo, nessa campanha difamatória. Fracassarão, eu aviso. Mais cedo ou mais tarde, fracassarão. Saibam os detratores dos sagitarianos que nós temos casca grossa e uma força de vontade inquebrantável. Nós não somos os carentes afetivos que dizem que somos.
Por fim, em alerta aos astros – e aos títeres que eles sustentam dentro das redações –, lanço o derradeiro oximoro astral, o perfeito paradoxo zodiacal, proclamando a nossa liberdade diante dos astros e de seus intérpretes: nós, de Sagitário, não acreditamos em horóscopo.
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Jornalista, professor da Escola de Comunicações e Artes e pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP