Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Imprensa, um assunto de campanha

Escrevo isto no meio da tarde de domingo (1/10), quando o povo brasileiro ainda estava decidindo se a eleição presidencial deveria ser decidida em primeiro ou em segundo turno.


Militei muito para que o presidente Lula se reelegesse em primeiro turno e vou militar muito mais se a eleição presidencial for postergada. Não tenho elementos para prognosticar responsavelmente o que vai acontecer – e acho que ninguém mais tem. Mas estou certo de uma coisa: se o resultado não for o que espero, isso terá ocorrido devido a uma campanha eleitoral suja, imunda, imoral, parcial, tendenciosa por parte da imprensa brasileira.


Direito a aviso


Como cidadão apartidário, sem qualquer vinculação política, declaro-me indignado com a imprensa de meu país. Nós, os que pensamos diferente dela, fomos esmagados por um noticiário que reproduziu os fatos da forma que os donos da imprensa quiseram e não como o bom jornalismo determinaria que fossem reproduzidos para que o eleitorado brasileiro escolhesse serenamente. As fotos, as manchetes, as frases de efeito nos espaços todos da imprensa (escrita e radiodifundida) colocaram o eleitorado deste país sob uma pressão injusta e antidemocrática.


Não haverei de esperar coisa diferente num eventual segundo turno. Muito pelo contrário, se ele vier a ocorrer, espero manipulações bem piores. Por isso, defendo que, se houver uma segunda eleição para presidente da República, que o assunto imprensa passe a integrar a campanha reeleitoral do presidente Lula. O povo tem direito de ser alertado para o papel que essa imprensa está exercendo na política brasileira.

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Comerciante, São Paulo