Os jornalistas Alberto Dines (Observatório da Imprensa), Cláudio Bojunga (TV Brasil), Ricardo Gandour (diretor de Conteúdo do Estado de S.Paulo), Sérgio Dávila (diretor de Redação da Folha) e Silio Boccanera (correspondente em Londres da GloboNews) fizeram na terça-feira (26/7) um debate abrangente e esclarecedor sobre os mais recentes episódios que colocaram em questão tanto a qualidade dos conteúdos midiáticos – escândalo Murdoch – como a liberdade de expressão, golpeada por uma decisão judicial de primeira instância que condenou à prisão quatro jornalistas do jornal equatoriano El Universo e estabeleceu uma indenização impagável de US$ 40 milhões. O processo foi aberto pelo presidente Rafael Correa.
Ao lado das críticas ao circo sensacionalista dos tabloides britânicos e aos métodos antiéticos e ilegais usados para obter informações que invadem a privacidade de personalidades e cidadãos comuns, foram discutidas modalidades possíveis de garantia de bons padrões jornalísticos.
De um lado, disseram alguns dos debatedores, há a Constituição e há as leis que protegem o direito à honra e à intimidade. Deveriam ser bastantes para barrar tentações bisbilhoteiras e práticas desleais, criminosas. De outro, um caminho possível é o da autorregulamentação da imprensa. Seria um passo importante para inibir o uso de expedientes apelativos em busca de visibilidade e audiência.
O Observatório da Imprensa publicará na quinta-feira (28/7) a reportagem sobre o debate realizado na TV Brasil.