Cerca de 200 jornalistas que participavam no sábado (15/4) de um protesto pacífico em Katmandu, no Nepal, para pedir a restauração da democracia e a soltura de dezenas de colegas de profissão foram agredidos pela polícia local. Lojas fecharam em todo país em apoio à greve geral, que completou dez dias no sábado, convocada pelos sete partidos de oposição ao rei Gyanendra – que, em fevereiro de 2005, dissolveu o congresso e assumiu controle absoluto do Nepal. De acordo com os organizadores da manifestação de sábado, sete pessoas ficaram feridas e dezenas foram presas. ‘Vamos continuar os protestos até que todas as restrições à mídia sejam retiradas’, afirmou Bishnu Nisthuri, da Federação de Jornalistas Nepaleses. Desde o golpe de Estado, o rei proibiu críticas a ele, a seu governo ou às forças de segurança nacionais. Informações de Matthew Rosenberg [Associated Press, 15/4/06].
TV turca exibe filme sobre massacre armênio
Uma emissora de televisão privada turca transmitiu, pela primeira vez no país, um filme sobre o massacre de armênios durante a Primeira Guerra Mundial, noticia o Middle East Times [12/4/06]. O assunto ainda é tabu na Turquia, mas o Kanalturk decidiu colocar no ar o filme Arat, na semana passada, depois que uma entrevista com telespectadores revelou que 72% deles gostariam de assistir ao vídeo, como informou um porta-voz do canal. Depois do filme, foi realizado um debate com intelectuais armênios e turcos e historiadores sobre o massacre ocorrido nos últimos anos do Império Otomano. O filme foi autorizado a ser divulgado pelo governo turco desde o seu lançamento, em 2002, mas uma empresa de Istambul foi forçada a desistir dos planos de exibi-lo em 2004, devido à ameaça de protestos nacionalistas. Os turcos negam categoricamente o genocídio armênio.