Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

NBC tem seguro para Jogos de Atenas

A rede americana NBC está apostando alto nos Jogos Olímpicos de Atenas: espera faturar US$ 1 bilhão com publicidade durante os 17 dias do evento. Mas o que aconteceria se, por causa de atentados terroristas, o evento fosse cancelado? Pela primeira vez, o Comitê Olímpico Internacional fez um seguro para o caso de cancelamento, prevendo a devolução dos US$ 793 milhões de direitos de transmissão pagos pela emissora, que também fez um seguro para os gastos operacionais, de US$ 160 milhões. A publicidade perdida, no entanto, não teria cobertura. A NBC precisa dos Jogos Olímpicos para faturar bem em 2004, já que sua maior arma para conquistar audiência, o seriado Friends, chegou ao fim. Como o canal pertence à gigante General Electric, caso não acontecessem as Olimpíadas, a corporação, que faturou US$ 143 bilhões em 2003, poderia absorver o impacto financeiro. Os maiores prejudicados seriam as estações afiliadas, que dependem muito desse evento e das eleições presidenciais, segundo informa The Washington Post [19/5/04].



Cobertura olímpica da BBC poderá travar internet

O chefe de novas mídias da BBC, Ashley Highfield, alertou que a cobertura multimídia que a companhia pública britânica pretende fazer dos Jogos Olímpicos de Atenas, que inclui transmissão de vídeo ao vivo das competições, pode paralisar a internet no Reino Unido. O material multimídia de alta qualidade seria muito pesado para que um grande número de usuários possa acessá-lo simultaneamente. Para evitar o colapso da rede, a BBC está testando um sistema por meio do qual transmitiria seu conteúdo para os provedores de acesso, que disponibilizariam o material para seus assinantes, repartindo o tráfego. ‘De certa maneira, é revolucionário porque a BBC está confiando em outras pessoas para distribuir seu conteúdo’, aponta Highfield. Segundo The Guardian [20/5/04], se o teste do novo sistema não funcionar, a qualidade dos vídeos terá de ser diminuída, ou o acesso às seções mais populares terá de ser restringido.