A revista de rock Rolling Stone vai mudar de tamanho após três décadas. A edição de 30/10 inaugurará a nova era da publicação, que passará a ser vendida no tamanho padrão em vez do marcante formato consideravelmente maior que as outras. Jann Wenner, fundador, publisher e editor-chefe da revista, disse que ‘tudo o que sobrou daquele tamanho é nostalgia.’
A Rolling Stone, publicada quinzenalmente, tem circulação paga de mais de 1,4 milhão nos EUA, a mais alta de sua história. A venda de exemplares nas ruas, no entanto, tem caído de 189 mil em 1999 para 132 mil em 2007. As estantes de revistas em livrarias, bancas e lojas de conveniência são feitas para abarcar o tamanho padrão de publicações. Sendo a Rolling Stone maior, geralmente é posta na estante mais alta ou mais baixa, fora do nível dos olhos do cliente. Segundo artigo de Richard Pérez-Peña [The New York Times, 10/8/08], em algumas lojas são dispostas de lado ou até dobradas.
Gary Armstrong, chefe de marketing da Wenner Media, dona da Rolling Stone, comenta o exemplo da Vanity Fair: a revista tem circulação total inferior à Rolling Stone, mas quase três vezes mais venda de cópias nas ruas. Com formato padrão, disse Armstrong, é possível aumentar a venda nas ruas significativamente. ‘Os consumidores que queremos atingir assistem a Lost na TV, no computador ou num iPhone’, afirmou. ‘São agnósticos em relação ao formato.’
Os diretores da publicação admitem que vão perder em algo que fazia a revista única, mas sabem que a mudança de formato só trará ganhos para a Rolling Stone. O novo tamanho facilitará a vida de anunciantes por causa do formato padrão. A revista também adotará um papel mais grosso e brilhante, terá cola no lombo, em vez de grampos, e acrescentará de 16 a 20 páginas por edição. De forma geral, terá um visual mais profissional e, ao contrário da tendência, imprimirá e gastará mais.
Tudo isso, espera-se, será compensado pelo aumento na venda de anúncios. ‘Evoluímos’, disse Wenner, ‘mas a principal tradição, a missão, permanecem a mesma.’