Quando, no começo da Primeira Guerra Mundial (1914-18), Jorge Mitre, diretor do jornal La Nación, de Buenos Aires, que queria oferecer uma informação equilibrada aos seus leitores, perguntou à agência de notícias Havas “Por que não há comunicados alemães nem austríacos nos seus serviços? Vocês riem de nós…”, um diretor da Havas respondeu: “Nous sommes françaises”. Mitre, irritado, cancelou o contrato com a agência.
É certo que, ainda que ela tivesse querido atender seus clientes, a censura francesa teria impedido à agência transmitir os comunicados dos países inimigos. Mas, como ficou claro na resposta do seu diretor, a prioridade da Havas naquele momento não era mandar aos jornais notícias corretas nem fazer uma cobertura equilibrada, mas ajudar seu país a ganhar a guerra; a informação e a desinformação, nesse conflito, eram armas a serem usadas contra o inimigo, assim como a artilharia, a cavalaria, os tanques ou os navios.
Nessa guerra, um comunicado interno da agência dizia que era “indispensável (…) que nossos clientes recebam exclusivamente notícias (políticas e fatos da guerra) provenientes dos países amigos da França, e que nós contribuamos para fazer perder à Alemanha, no continente sul-americano, o terreno que adquiriu desde há vários anos”.
Mas também nos períodos de paz as relações da Havas com o governo francês eram comprometedoramente estreitas. E com bons motivos: a penetração da política exterior francesa foi grandemente facilitada pelas notícias da Havas. O Quai d’Orsay, como é conhecido o Ministério das Relações Exteriores da França, exercia sobre ela uma influência discreta, acompanhada de eventuais subsídios.
Primeira notícia
Um correspondente em Paris do The Times, de Londres, escrevia no século XIX que a Havas “está inteiramente às ordens do governo do momento, e este suprime ou modifica tudo que lhe desagrada. Em troca, lhe dá facilidades que outros jornalistas não têm. Como, por exemplo, atrasando os despachos dos correspondentes dos jornais de Londres para favorecer as notícias transmitidas pela Havas e pelo jornalista da Reuter, que trabalham juntos e se beneficiam do mesmo privilégio”. Segundo o jornal francês Le Parlement, “a agência Havas se tornou, por força das circunstâncias, no humilde servidor dos governos. (…) Dá as notícias que é preciso saber, quando é necessário saber; ela escolhe qual é a verdade”.
A Havas é a agência que teve durante quase meio século o monopólio virtual da informação internacional para o Brasil e para a América Latina, tanto das notícias que chegavam do exterior para os jornais brasileiros, como das publicadas no exterior sobre o país e a região. O Brasil via o mundo através de olhos franceses. E o mundo enxergava o Brasil por meio desses mesmos olhos. Esse monopólio só chegava a ser quebrado, muito tenuamente, pela ação do pequeno número de correspondentes no exterior mantidos por alguns jornais.
Um embaixador francês no Rio de Janeiro na década de 1920 escreveu à Chancelaria que todos os dias se reunia com o diretor da Havas no Brasil e juntos “combinamos frequentemente que telegramas ele distribuía aos assinantes e que são publicados com frequência. Eu pessoalmente me ocupo desta tarefa, à qual atribuo a mais alta importância”.
Danton Jobim lembra, em seu livro Espírito do Jornalismo, que os telegramas da Havas eram publicados na primeira página dos jornais brasileiros. “Tudo que sabíamos sobre a marcha dos problemas do mundo eram eles que nos informavam, salvo o caso de uma ou outra correspondência de Paris ou Londres, mandada por via marítima.” Ele menciona os métodos do jornalismo francês, “mais preocupado com a interpretação das notícias do que com as próprias notícias”, e diz que “o governo a subvencionava e circulavam rumores a respeito de diplomatas estrangeiros em Paris que estipendiavam generosamente a velha agência”. Jobim reconheceu que “a Havas não cultivava muito a virtude da objetividade”. Mas, “sendo profundas nossas afinidades de espírito com os franceses, procuramos um serviço francês de informações, que visse o mundo segundo as nossas simpatias e nossos interesses, isto é, do ponto de vista de Paris”.
Na verdade, não foi a imprensa brasileira que escolheu ser informada pela Havas por ter afinidade cultural. Foi um acordo entre as agências internacionais que decidiu quem seria o fornecedor de notícias para o Brasil. Durante grande parte de sua história, quase toda a informação que a imprensa brasileira recebeu do exterior era, primeiro, filtrada pela Havas, e depois por outras agências internacionais.
As agências de notícias chegaram ao Brasil junto com o telégrafo submarino. A primeira conexão telegráfica da capital do Império com a Europa foi realizada oficialmente em 22 de julho de 1874; no dia seguinte, o imperador d. Pedro II mandava telegramas ao papa, à rainha da Inglaterra e ao rei de Portugal. No dia 25, o Jornal do Commercio, do Rio, estampava na primeira página notícias da agência Reuter-Havas. Oficialmente, era a primeira informação telegráfica publicada pela imprensa brasileira. Como seria frequente daí em diante, essas primeiras notícias do dia 25 confundiam mais do que informavam.
Na realidade, esses não foram os primeiros telegramas do exterior publicados no Brasil. Vários dias antes, dois jornais do Recife haviam publicado telegramas chegados da Europa. Provavelmente, foram transmitidos durante o período de teste do telégrafo, antes da sua inauguração oficial, e distribuídos pela Agência Americana, mas originadas pela Havas-Reuter. Em 2 de setembro, o Jornal do Commercio publicou a que foi, talvez, a primeira notícia do exterior que mencionava o Brasil; informava que os estaleiros Blackwall tinham lançado o navio Purus, encomendado pelo governo brasileiro.
“Três irmãs”
A Havas foi fundada por Charles-Louis Havas. Tinha sido banqueiro, armador de navios e sócio de La Gazzette de France, um dos quatro jornais permitidos por Napoleão Bonaparte, mas com a queda do regime bonapartista, do qual era credor, ficou arruinado. Em 1832, montou o Bureau Havas, que traduzia notícias dos jornais estrangeiros e as distribuía aos periódicos franceses. Depois preparou também notícias locais. Em 1835, instalou a Agence Havas, a primeira agência mundial de notícias, que contava com correspondentes próprios na França e no exterior. Manteve sempre boas relações com o governo francês, do qual, eventualmente, recebia subsídios. Alguns jornais regionais pagavam pelas notícias não com dinheiro, mas com espaço. A Havas vendia esse espaço a empresas que queriam colocar anúncios na imprensa e dessa maneira funcionou também como agência de publicidade – que existe até hoje com esse nome.
Em 1848, Havas deu emprego a dois refugiados políticos da Alemanha. Um deles era Bernhardt Wolff, que no ano seguinte montaria uma agência na Alemanha, a Wolff. O outro, Paul Julius Reuter, que quatro anos antes tinha mudado seu nome original, Isräel Beer Josaphat, ao converter-se ao cristianismo. Ele também se dedicou a distribuir notícias na Europa continental até que, em 1851, fundou em Londres sua própria agência, a Reuter.
As três agências, as mais importantes da Europa, decidiram evitar a competição e dividiram o mundo em três áreas de influência. A Wolff, que mudaria o nome para Continental, ficou com os países de língua alemã e o Leste europeu. À Havas coube a Europa meridional, e parte do Oriente Médio e da África. A Reuter se reservou o Império britânico, Extremo Oriente e o norte da Europa. As três trocavam notícias entre si.
A América Latina, região de colonização latina, mas que estava à sombra do Império britânico, foi objeto de um acordo conhecido como “Joint Purse Agreement” (Acordo de Fundo Comum) entre a Havas e a Reuter, pelo qual as duas agências participariam equitativamente das despesas e dos resultados. O primeiro passo desse acordo, que poderia levar à fusão das duas empresas, foi criar no Rio de Janeiro a Agencia Telegraphica Reuter-Havas, e escritórios conjuntos em Montevidéu e Buenos Aires. Tinham um correspondente comum no Rio e outro foi mandado pela Reuter a Santiago do Chile para atender as duas agências.
Além de distribuir notícias aos jornais, a Reuter decidiu instalar um serviço de telegramas para particulares entre a América Latina, América do Norte, Índias Ocidentais e Europa. Colocou na direção um homem sem experiência, “cuja única capacidade parecia ser a de fazer erros”, segundo uma história oficial da agência. A Havas ficou indignada por ter que compartilhar os prejuízos desse desastre e em 1876 o acordo era desfeito, com perda de dinheiro para as duas agências, e da face para a Reuter.
No futuro, e por quase meio século, a Havas operaria sozinha na América Latina, por acordo entre as três agências. Nos jornais brasileiros, as notícias passaram a ser assinadas pela Agencia Havas, não mais pela Agencia Telegraphica Reuter-Havas. Mas, como o cabo submarino até o Brasil era controlado por uma companhia inglesa, a Western & Brazilian, e terminava em Londres, a Havas instalou nessa cidade, e não em Paris, seu serviço para a América do Sul, a Amsud.
A agência americana Associated Press, uma cooperativa de jornais, participou, em 1875, do acordo das agências europeias, e passou a formar parte do “cartel”. Concordava em pagar 200 libras mensais pelas notícias que recebia delas do resto do mundo e se comprometia a não enviar notícias dos Estados Unidos diretamente à América Latina ou à Europa: deveriam ser distribuídas pelas “três irmãs”. Estas, por seu lado, não podiam transmitir informações diretamente a clientes nos Estados Unidos ou no Caribe. A AP seria a distribuidora exclusiva das notícias das “três irmãs” nos Estados Unidos. Estas cláusulas nortearam as relações entre as principais agências internacionais durante 40 anos.
Erros a granel
Um sério problema que jornais e agências enfrentaram foi o preço extraordinariamente elevado dos telegramas. No começo, as tarifas transatlânticas custavam 20 libras esterlinas por 20 palavras, o equivalente a 50 francos-ouro por palavra. Um historiador francês diz que um suntuoso almoço nos restaurantes da moda de Paris, como o “Champeaux”, na Place de la Bourse, o “Peters”, na passagem dos Príncipes, o “Vefour”, na Galérie de Beaujolais, ou o “Boeuf à la Mode”, na rue de Valois, custava cinco francos.
Do Brasil para o exterior, as tarifas telegráficas eram também astronômicas. Segundo anúncio publicado no Jornal do Commercio em 7 de julho de 1874 – antes, portanto, da inauguração oficial do telégrafo submarino – um telegrama de 20 palavras para a Inglaterra custava 90 mil-réis (94 dólares da época), para a França 92,3 mil, para a Alemanha 92,7 mil e para Portugal 78,5 mil. Em sentido contrário, uma palavra transmitida desde Londres custava 4,8 mil-réis. Eram telegramas pagos literalmente a preço de ouro.
Quando Ruy Barbosa, o primeiro ministro da Fazenda da República recém-instalada, enviou telegramas aos jornais europeus para explicar a política econômica do governo provisório, em dezembro de 1889, um diretor do Jornal do Commercio comentou que os “telegramas, publicados em Lisboa, em Paris e em Londres devem ter custado muitos contos de réis”.
Essas tarifas tornavam proibitivo o uso do telégrafo pelos jornais, salvo em circunstâncias muito especiais. As agências podiam enfrentar melhor esse preço porque entregavam a mesma mensagem a vários clientes. Mas, para reduzir os custos, tiveram que compor códigos para os telegramas. O dicionário telegráfico organizado pela Havas permitia agrupar 25 mil palavras em francês, inglês, alemão, italiano, espanhol, português e romeno. A agência tinha também uma lista com 400 “homens ilustres” da Europa. Assim, a palavra “imperfore” transmitida para o Rio de Janeiro significava “o príncipe de Saboia-Carignan morreu”, o que permitia à agência uma economia de 124 francos-ouro.
O Jornal do Brasil, conforme escreveu seu fundador, Rodolpho de Sousa Dantas, ao barão do Rio Branco, também organizou um código telegráfico quando foi lançado, em 1891. “Com ele (…) V. poderá, por sua parte, imaginar outras combinações e me dirá quais, em ordem a pouparmos trabalho e dinheiro, acordando em nomes que signifiquem bancos, instituições, etc.”
O uso de códigos e a compressão das notícias em poucas palavras, para economizar as despesas telegráficas, davam lugar a confusões e mal-entendidos. Na imprensa brasileira, a “tradução” deficiente desses telegramas sintéticos ocasionou a publicação de muitas notícias erradas, ao ponto de a informação telegráfica cair no descrédito. Ficou famosa a frase “mentir como um telegrama”.
Os erros das agências eram frequentes, muitas vezes ocasionados pela necessidade de economizar palavras na transmissão. Alguns são lembrados até hoje. Durante a Segunda Guerra Mundial, a imprensa argentina noticiou a chegada a Suez do muito importante general Kennelsone. Na verdade, o telegrama da Reuters era um sumário geral (“geral”, em espanhol, se escreve “general”) das notícias da Zona do Canal de Suez. Percebido o engano, os jornais de Buenos Aires mantiveram o general vivo durante alguns dias, até que decidiram despachá-lo para uma viagem de inspeção e, finalmente, o mataram num “acidente de avião”.
Começo do fim
Ficou também famoso o telegrama “McKinley shot buffalo”, que foi interpretado pelos jornais como uma referência à habilidade do presidente americano William McKenley de caçar búfalos. Mas a notícia era que ele tinha sido assassinado a tiros na cidade de Buffalo, no Estado de Nova York.
Em outra ocasião, a imprensa informou que “o almirante no comando da frota turca bombardeou o porto de Dulcigno no Mar Adriático”. O que o telegrama “admiral bombardier dulcigno” informava, na realidade, era o resultado de uma corrida de cavalos no hipódromo de Newmarket, na Inglaterra.
Durante a Segunda Guerra, Rudolph Hess, o segundo homem na hierarquia nazista, saltou de paraquedas na Grã-Bretanha, aparentemente para negociar a paz. O jornal mexicano Excélsior reclamou de um telegrama da Reuter segundo o qual Hess tinha sido descoberto em Ploughman, na Inglaterra. A notícia correta, transmitida por outra agência, era que Hess tinha sido encontrado por um camponês (“ploughman”, em inglês) depois de ter pulado de paraquedas na Escócia.
O custo e a baixa demanda limitaram as transmissões da Havas para a América Latina a apenas 50 palavras por dia. Os jornalistas da agência tinham também limites rigorosos para usar o telégrafo. “No mês passado transmitimos menos de 210 palavras da América do Sul”, escrevia um funcionário. Em 1882, a tarifa foi reduzida para 17 francos-ouro por palavra. Um diretor da Havas lamentava, no começo do século XX, que “desde há 30 anos não deixamos de explicar à Western (a operadora do cabo submarino) que toda redução de tarifas se traduziria automaticamente num aumento do seu tráfego” e lembrava que, no começo, “nós mal conseguíamos mandar dez palavras por dia da América do Sul. Nós recomeçamos quando chegamos a 50 e depois a 100 palavras. Daqui a um ano ou dois chegaremos sem dúvida a 7 a 800 palavras.
Para reduzir os custos, a Havas arrendou da Western Corp. seu próprio serviço de cabo. O preço caiu dos 17 francos por palavra, em 1882, a 1,25 franco em 1911, a agência conseguiu oferecer suas notícias por preços bem inferiores e o volume do tráfego disparou. As companhias telegráficas negociaram, com muita relutância, descontos especiais para a imprensa. No Brasil, a Western fez um abatimento de 20% para a imprensa nos primeiros anos, que depois ampliou para 50%. Ainda assim, mandar notícias do exterior por telégrafo era um luxo ao qual os jornais brasileiros se podiam dar em muito raras ocasiões. Os correspondentes continuavam usando o correio marítimo.
Os jornais se queixavam dos serviços precários da Havas. Francisco Picot, do Jornal do Commercio, a chamava a “tramposa”. Como uma alternativa, o Jornal montou um serviço telegráfico internacional via Buenos Aires, mas era pouco satisfatório. No Brasil, o serviço da Havas demorou para ser aceito por alguns jornais. O Estado de S.Paulo só o contratou em 1890. Rodolpho Dantas, ao lançar o Jornal do Brasil, em 1891, mostrava-se insatisfeito com a agência em carta ao barão do Rio Branco: “V. sabe como a agência Havas está servindo mal”. Em outra carta dizia: “Você sabe como é insuficiente o serviço da Havas”. Para suprir as deficiências, Dantas queria informações dos correspondentes do jornal, “sempre que ao critério deles um fato afigurar-se digno de ser telegraficamente noticiado”. Mas alertava: “O barão do Rosário [um dos correspondentes] só nos casos extraordinários me telegrafará de Londres; o encargo principal dele ali serão cartas quinzenais sobre a situação do mercado e dos negócios financeiros”.
A informação no Brasil sobre as agências de notícias ainda é precária e, às vezes, confusa. Nelson Werneck Sodré escreveu em sua História da Imprensa no Brasil, que “foi A Notícia que primeiro utilizou o serviço telegráfico, em 1895, com informações sobre a luta em Cuba”. Esta referência é surpreendente, quando o próprio Sodré tinha escrito em outra página – também erradamente – que as primeiras notícias telegráficas pelo cabo submarino tinham sido publicadas pelo Jornal do Commercio em 1º de agosto de 1877. É possível que Sodré quisesse dizer que A Notícia publicou a primeira notícia telegráfica a respeito do começo da luta pela independência dos cubanos contra as tropas espanholas. A conexão, por cabo submarino, do Brasil com o Caribe e a América do Norte era recente; tinha sido completada três anos antes por uma companhia francesa. O erro de Werneck Sodré foi repetido em diversos livros sobre comunicação e trabalhos acadêmicos, sem mencionar a fonte.
Foi durante a Primeira Guerra que a Havas viu seriamente ameaçada, pela primeira vez, a sua posição no Brasil e na América Latina. Jorge Mitre, o diretor de La Nación, de Buenos Aires, que rompeu o contrato com a Havas, procurou as agências dos Estados Unidos, país que ainda não tinha entrado no conflito e estava, portanto, livre da censura e sem a pressão de seu governo. Quis receber as notícias da Associated Press (AP), mas esta se encontrava amarrada pela sua adesão ao cartel das agências. Para diminuir a imagem negativa dos Estados Unidos na América Latina, e ganhar a boa vontade da imprensa, o Departamento de Estado sugeriu que a AP pagasse altos salários aos diretores dos principais jornais, ainda que estes não fizessem nada, e que o dinheiro seria reembolsado pelo governo.
A AP recusou e La Nación assinou um contrato com sua concorrente, a United Press (UP), pagando 25 centavos de dólar por palavra, que durou só alguns meses. Depois, La Prensa, de Buenos Aires, na época o mais influente jornal da América Latina, faria um acordo com a AP e com a Havas. A UP vendeu seus serviços para dois jornais do Rio, O Imparcial, de Macedo Soares, e O Paiz, de João Lage, e para O Estado de S.Paulo; mais tarde seria contratada pelo Jornal do Brasil. O monopólio da Havas começava a ser furado. Era o início do predomínio das agências americanas.
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[Matías M. Molina é jornalista e autor do livro Os Melhores Jornais do Mundo]