Vyacheslav Smirnov, porta-voz da Procuradoria Geral da Rússia, afirmou no final da semana passada que as autoridades já têm conhecimento do nome do assassino da jornalista Anna Politkovskaya, morta em Moscou, em outubro de 2006. Smirnov, que não identificou publicamente o acusado, disse que ele é procurado e que outras nove pessoas são investigadas pelo crime.
Um dos investigados é o ex-membro do serviço secreto Pavel Ryaguzov, acusado de fornecer o endereço da jornalista ao ex-político checheno Shamil Burayev. Pouco antes de morrer, Anna, que trabalhava como repórter investigativa no jornal Novaya Gazeta, preparava uma matéria sobre tortura na Chechênia. O advogado de Ryaguzov nega, no entanto, que seu cliente tenha sido acusado formalmente de envolvimento no assassinato. Pelo menos 60 testemunhas já foram entrevistadas durante a complexa investigação, que deve prosseguir até setembro próximo. A prisão preventiva de Burayev e de outros dois suspeitos foi prolongada até 7/4.
Alegações
Crítica ao governo Putin, Anna foi executada a tiros quando chegava a seu apartamento em Moscou. Em outubro do ano passado, no aniversário de um ano do assassinato, o advogado Alexander Bastrykin, à frente da investigação, afirmou à imprensa que Burayev seria o principal organizador do crime. Na ocasião, o Novaya Gazeta alegou saber a identidade do assassino. Dois meses antes, o procurador-geral Yuri Chaika anunciou a prisão de 10 suspeitos. A procuradoria acreditava, então, que o assassinato teria sido planejado por uma gangue chechena que teria recebido a ajuda de policiais russos. Com informações dos Repórteres Sem Fronteiras [28/3/08].