Monday, 04 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1312

Reverendo Jesse Jackson terá novo programa de rádio

O controvertido ativista negro reverendo Jesse Jackson foi contratado pela maior rede de rádio dos EUA, a Clear Channel, para apresentar um programa de entrevistas, que será inicialmente transmitido para as cidades de Chicago, Philadelphia, Nova York, São Francisco, Detroit e Norfolk. A atração pode amenizar a imagem de que a Clear Channel apóia o governo de George W. Bush, para cuja campanha o presidente da companhia, Lowry Mays, e seus dois filhos, doaram dinheiro. Jackson foi pré-candidato à presidência pelo Partido Democrata em 1984 e 1988. Em Keep Hope Alive with Rev. Jesse Jackson (‘Mantenha viva a esperança com o reverendo Jesse Jackson’), o líder quer discutir temas em voga, como terrorismo, mas também assuntos esquecidos, como os baixos índices de graduação de atletas universitários negros. Como mostra matéria do Washington Post [31/3/04], tentativas anteriores de programas de entrevista conduzidos por políticos liberais não deram certo. O problema é que os democratas ouvem programas de republicanos, mas a recíproca não é verdadeira.



Mídia liberal pode estar ‘treinando’ Kerry

O apresentador e jornalista conservador Bill O’Reilly denuncia em sua coluna [New York Daily News, 29/3/04] que o jornalismo politizado estaria saindo de controle nos EUA. Ele escreve sobre uma reunião do candidato democrata à presidência, John Kerry, com um grupo de profissionais de imprensa liberais, como Jeff Greenfield, da CNN, Jonathan Alter, da Newsweek, e Frank Rich do New York Times. Segundo um dos participantes, Jim Kelly, editor-administrativo da Time, o presidenciável foi diversas vezes solicitado a revelar seu voto, como senador, na questão da guerra no Iraque. ‘Lá pela terceira rodada, sua resposta já estava ficando mais curta e relevante’, teria dito Kelly. O’Reilly insinua que Kerry estava sendo ‘treinado’ pelos jornalistas que o apóiam e que isso contraria absolutamente os padrões jornalísticos. Finalmente, reclama que, considerando do que se tratou essa reunião, ela teve pouca atenção da imprensa: ‘Já imaginou se executivos do canal Fox News, The Wall Street Journal e The Washington Times tivessem se reunido em Camp David para um papo com o presidente Bush? E ninguém fosse avisado? E o New York Times descobrisse?’