A situação de jornalistas no Iraque não é muito animadora. A agência de notícias Reuters teve de pedir ao Pentágono mais proteção aos jornalistas que estão trabalhando em território iraquiano após muitos deles serem seqüestrados na semana passada. A agência, de acordo com Jason Deans [The Guardian, 8/4/04], pede que o Exército americano envie seus relatórios de segurança às organizações de mídia para mantê-las informadas sobre a situação deplorável da segurança no Iraque. ‘O Exército americano tem relatórios diários e semanais sobre segurança. Falaram sobre disponibilizá-los à mídia’, disse uma porta-voz da Reuters, segundo a qual a agência tem planos para um seminário em Washington nos próximos meses, com organizações midiáticas e o Pentágono discutindo as propostas dos relatórios de segurança.
A iniciativa partiu do seqüestro de dois jornalistas. Stephen Farrell, do britânico Times, e John Burns, do New York Times, foram seqüestrados no dia 6/4/04 e já foram libertados. Após o incidente, Burns escreveu ao jornalão americano a experiência por que ele, um fotógrafo, seus motoristas, seguranças e um intérprete passaram ao ser detidos durante quase oito horas por homens armados pertencentes ao grupo muçulmano do clérigo Moktada al-Sadr. Já Farrell, em reportagem de capa do Times em 8/4, contou ter sido posto em cativeiro e interrogado pela milícia muçulmana algumas horas após chegar ao Iraque.