Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Vídeos do Tibete levam a bloqueio do YouTube

Chineses que tentaram acessar o YouTube no domingo (16/3) se depararam com uma tela em branco. O governo da China bloqueou o popular sítio de compartilhamento de vídeos depois que dezenas de clipes de protestos no Tibete foram postados na página. O governo comunista tenta conter o acesso do público a informações sobre os violentos protestos que tiveram início na sexta-feira (14/3) na capital tibetana, Lhasa, contra o controle da China sobre o país.

Os vídeos colocados no YouTube eram de reportagens televisivas estrangeiras sobre as manifestações em Lhasa, além de fotos e cenas de protestos relacionados ao Tibete ocorridos em outros países. Sítios chineses de compartilhamento de vídeos, como o Tudou e o Youku, não postaram cenas dos protestos. O governo não comentou o bloqueio.

A China possui cerca de 210 milhões de internautas, de acordo com dados governamentais, e em breve deve ultrapassar os EUA como o país com a maior população de usuários da rede. Ainda que as autoridades encorajem o uso da internet para educação e negócios, filtros online bloqueiam o acesso a conteúdo considerado subversivo ou pornográfico. Sítios estrangeiros de organizações de notícias e de organizações de direitos humanos têm que passar pelo crivo dos censores, e são bloqueados se postarem informações consideradas sensíveis ao país. Informações da AP [16/3/08].