Os jornais impressos do Brasil apresentam as informações com maior nível de confiança, quando comparados a outros meios de comunicação, como TV, internet, rádio e revistas, aponta pesquisa encomendada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), divulgada nesta sexta-feira, 7. De acordo com o levantamento, 53% dos entrevistados que usam jornal impresso afirmaram confiar sempre ou muitas vezes nas notícias veiculadas.
A porcentagem cai para 50% quando o universo em questão são as notícias exibidas no rádio, 49% no caso da televisão e chega a 40% entre os leitores de revistas.
Contratado por meio de licitação, o Ibope ouviu 18.312 pessoas em 848 municípios entre os dias 12 de outubro e 6 de novembro de 2013, para coletar os dados que compõem a “Pesquisa brasileira de mídia 2014 – Hábitos de consumo de mídia pela população brasileira”. De acordo com o governo, o objetivo é subsidiar a elaboração da política de comunicação do Executivo federal.
A índice de confiança é baixo entre os entrevistados que usam a internet: apenas 28% dos usuários afirmaram confiar sempre ou muitas vezes nas informações veiculadas em sites. A confiança nas notícias veiculadas em redes sociais é de 24% e ainda menor entre os blogs, com 22%.
O Ibope também questionou as pessoas sobre a confiança nas propagandas veiculadas em diferentes meios de comunicação. De novo, os jornais impressos lideraram os resultados: 47% dos entrevistados que usam esse meio afirmaram confiar sempre ou muitas vezes em anúncios de publicidade publicados nesse veículo, índice superior ao constatado entre os anúncios de TV (42%), rádio (42%), revistas (36%), sites (23%), redes sociais (22%) e blogs (19%).
Frequência
De acordo com a “Pesquisa brasileira de mídia 2014 – Hábitos de consumo de mídia pela população brasileira”, 75% dos brasileiros não têm o hábito de ler jornais. Cerca de 85% dos entrevistados afirmaram não ler as revistas e 53% não usam a internet.
Entre os que afirmaram ler jornais impressos, a média diária de leitura é de uma hora e cinco minutos – em Goiás, chega a duas horas e doze. Em São Paulo, a média é de uma hora e um minuto.
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Brasileiro fica mais tempo na internet do que vendo TV, diz pesquisa
O brasileiro passa mais tempo navegando na internet do que assistindo à televisão ou ouvindo o rádio, conforme constatou pesquisa encomendada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), divulgada nesta sexta-feira, 7.
Segundo o levantamento realizado pelo Ibope, a média de uso de internet de segunda a sexta-feira é de três horas e trinta e nove minutos, mais que o tempo dedicado à televisão (três horas e vinte nove minutos), ao rádio (três horas e sete minutos) e aos jornais impressos (uma hora e cinco minutos).
O Ibope ouviu 18.312 pessoas em 848 municípios entre os dias 12 de outubro e 6 de novembro de 2013, para coletar os dados que compõem a “Pesquisa brasileira de mídia 2014 – Hábitos de consumo de mídia pela população brasileira”. De acordo com o governo, o objetivo é subsidiar a elaboração da política de comunicação do Executivo federal.
A média de uso de internet sobe para três horas e quarenta e três minutos nos finais de semana, mais que o tempo dedicado à televisão (três horas e trinta e dois minutos) e ao rádio (três horas). A pesquisa não informa o tempo dedicado à leitura de jornais impressos nos finais de semana.
Segundo a sondagem, apesar dos usuários de internet passarem mais tempo na web do que os usuários de televisão passam assistindo a programas na telinha, a capilaridade da TV é muito maior que a da internet nos lares brasileiros: apenas 3% dos entrevistados afirmaram não assistir nunca televisão. No caso da internet, 53% dos entrevistados afirmaram não ter o hábito de acessar a rede mundial de computadores. (Rafael Moraes Moura)
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66% dos brasileiros nunca ouviram a Voz do Brasil, indica pesquisa
Uma pesquisa encomendada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) e divulgada nesta sexta-feira, 7, constatou que 66% dos brasileiros nunca ouviram o programa radiofônico “A voz do Brasil”. A proporção de não ouvintes do programa é maior entre mulheres (70%) que em homens (61%).
A “Pesquisa brasileira de mídia 2014 – Hábitos de consumo de mídia pela população brasileira” ouviu 18.312 pessoas em 848 municípios. Do total da amostra, 68% dos entrevistados afirmaram já terem ouvido falar do “A voz do Brasil” e 32% responderam que desconheciam o programa.
Dos entrevistados que conhecem “A voz do Brasil”, 50% avaliaram o conteúdo do programa como “ótimo”, 19% o consideraram “regular” e 12%, “ruim ou péssimo”.
O Congresso Nacional discute projeto de lei para flexibilizar o horário do programa, que foi criado em 1935 pelo então presidente Getúlio Vargas. A flexibilização do horário é defendida pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). Por determinação legal, o programa deve ser veiculado em todas as rádios do País a partir das 19h. (R.M.M.)
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Rafael Moraes Moura, do Estado de S. Paulo