O deputado Fábio Sousa (PSDB-GO), eleito nesta quarta-feira, 4, presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, afirmou que a proposta de regulação da mídia, que vem sendo prometida pelo governo, caso chegue, será debatida. Mas avisa que tem uma opinião pessoal contrária sobre o assunto. “Eu acho que não deve regulamentar coisa nenhuma, porque a liberdade de imprensa é algo muito sério e jamais deve ser combatida”, disse.
“Regulação da mídia para mim é o uso do controle remoto, é pai desligando a televisão em programas não apropriados para seus filhos, é você decidindo o que vai assistir”, ressaltou Sousa. O deputado, que é radialista e evangélico, inclui o aluguel de horários de televisão como uma das formas de liberdade de expressão. “O que não pode é beneficiar apenas um credo religioso”, afirmou.
Fábio Sousa foi apresentador de um programa de televisão por quase 20 anos em uma emissora de Goiânia, e reconheceu que a igreja da qual é pastor locava o horário. Ele disse que deixou de apresentar o programa desde sua eleição.
Sobre prioridades, Sousa foi vago. Disse que vai analisar os projetos pendentes e colocar a pauta em dia. “Mas eu quero convidar os ministros da área, da Ciência, Tecnologia e Inovação e das Comunicações, para saber o que eles estão propondo para este ano, o programa para todo o mandato”, disse.
Segundo o parlamentar, um dos projetos que será analisado é o que regulamenta a profissão de cientista, de sua autoria. Ele também dará ênfase ao debate sobre banda larga. “A Internet de outros países, como da Argentina e do Chile, é muito melhor que a nossa, alguma coisa está errada, até porque ninguém vive sem Internet” ressaltou. “O bom dessa comissão é que ela é muito bonita, têm vários assuntos importantes que não são ideológicos ou partidários, a discussão aqui é de alto nível”, disse.
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Lúcia Berbert, do Teletime