Nossos semanários continuam tropeçando, principalmente os que abandonaram o jornalismo e se engajaram na política. Veja e CartaCapital saíram no último fim de semana com uniforme de campanha, prontas para entrar na guerra por causa das Farc.
Veja foi em cima das ‘feras radicais’ (Chávez, Correa, o líder das Farc, Tirofijo e ainda pegou Evo Morales que esteve fora desta). CartaCapital partiu na direção contrária: foi em cima do colombiano Álvaro Uribe, que segundo a revista só tem o apoio de George Bush.
Não contavam com a vocação conciliatória latino-americana: enquanto preparavam suas aguerridas edições do fim de semana Colômbia, Equador e Venezuela estavam mergulhados numa batalha diplomática e retórica, mas na sexta-feira (7/3) à tardinha, em Santo Domingo, República Dominicana, na reunião do Grupo do Rio, os combatentes mudaram de opinião.
Chávez, Correa e Uribe apertaram as mãos, exibiram sorrisos, trocaram tapinhas nas costas e, depois de uma semana de insultos e ameaças, mostraram-se muy amigos.
Enquanto nos jornais de sábado (8) as manchetes comemoravam o fim da guerrilha verbal, Veja e CartaCapital estavam nas bancas ainda engajadas em suas guerrilhas particulares e enganosas.