‘Em 2001, o prédio da Escola de Comunicações e Artes (ECA), da USP, sofreu um incêndio devastador, daqueles que não deixa vestígio algum para contar história. Na ocasião, o Núcleo de Pesquisa em Telenovelas (NPTN) já se encontrava bem instalado naquele prédio, com infra-estrutura razoável, vasta documentação histórica, devidamente organizada, e status de referência para os estudos de telenovelas no Brasil e no exterior.
Com o incêndio, no entanto, tudo, absolutamente tudo, foi perdido, e os pesquisadores e professores do núcleo tiveram de recomeçar da estaca zero.
Hoje, eles participam de uma campanha não só para angariar doações de documentos e materiais relacionados à história da telenovela brasileira. O objetivo, talvez o mais relevante deste momento, seja conseguir recursos e parcerias para equipar o núcleo novamente com aparelhos de televisão, computadores, máquinas fotográficas e outros elementos necessários para o local voltar a funcionar em boas condições e atender pesquisadores, estudantes e interessados em geral.
‘Antes, quando estávamos no prédio central da ECA, tínhamos duas salas para o núcleo e mais salas de apoio que pertenciam aos professores’, comenta a pesquisadora Maria Ataide Malcher, coordenadora de documentação do NPTN.
Autora do livro A Memória e a Telenovela – Legitimação e Gerenciamento, fruto de sua dissertação de mestrado cujo tema foi o próprio núcleo, Maria Ataide faz o balanço dos prejuízos, muitos deles irreversíveis. Reaver o material reunido desde a fundação do núcleo, há 11 anos, é um desses casos.
O acervo acomodava preciosidades, entre elas, 2.500 boletins do Ibope, 500 revistas nacionais, 300 revistas internacionais, 2.500 artigos, tirados de jornais, suplementos de tevê arquivados desde 1993, um dossiê de todas as telenovelas, datadas desde 65 e separadas por pastas, 400 roteiros de novelas, 1.500 sinopses, 900 capítulos de novelas, sem contar fotografias, fitas de vídeo, pôsteres e discos.
‘Fomos importantes, principalmente no momento em que o núcleo começou a atuar como fonte de pesquisa’, recorda Maria Ataide. Segundo sua colega, a coordenadora-geral do NPTN, Maria de Lourdes Motter, o núcleo abastecia, todos os anos, pesquisas de alunos do primário, trabalhos de conclusão de estudantes de faculdade, além de dissertações de mestrado no Brasil e no exterior. ‘Naqueles anos, oferecíamos o mínimo de infra-estrutura e conseguíamos criar um espaço adequado para o trabalho, com computadores, escaners, mesas, armários, arquivos deslizantes’, observa Maria de Lourdes.
Nos meses que antecederam o incêndio, o centro de pesquisas estava numa situação tão favorável, contam as pesquisadoras, que se pensava em novos projetos para o espaço. Entre eles, obter condições mínimas de preservação e conservação dos documentos e um banco de dados digitalizados de mais de dez anos de trabalho. Logo depois, veio a devastação. Maria de Lourdes admite que pensou em desistir de reconstruir o NPTN literalmente das cinzas, mas voltou atrás e num ímpeto de otimismo, lançou, em 2001, o slogan SOS Telenovela – O Que Você Guardou de Lembrança Pode Ajudar Nossa Memória.
Agora, instalado em caráter provisório numa pequena sala de um edifício da ECA, o NPTN tenta retomar suas atividades normais. O núcleo já recebeu algumas doações, como cinco aparelhos de tevê e cinco videocassetes, fornecidos pela Globo, e dois computadores. E começou a recompor, aos poucos, seu arquivo. ‘Recebi boletins semanais da Rede Globo, mas ainda não abri a caixa. Me disseram que são materiais da década de 60 a 90.’ Maria Ataide diz ter precisado colocar a doação numa sala do chefe de manutenção, por não ter onde acomodá-la adequadamente. Outras pessoas, sensibilizadas com essa situação, doaram revistas, capítulos de telenovelas, roteiros de minisséries, cópias de documentos do antigo acervo, tiradas por pesquisadores.
O acervo está bem longe do que era nos tempos áureos e não tem condições de crescer se não houver infra-estrutura, alegam as pesquisadoras. Por isso, elas buscam apoio de todas as formas, inclusive de patrocinadores e parcerias. ‘Aqui, os materiais vão ficar vivos, mas precisamos respeitá-los.
Necessitamos de equipe de apoio, de infra-estrutura’, avisa Maria Ataide, que destaca a contribuição do núcleo em derrubar preconceitos e legitimar as telenovelas como alvo de estudos acadêmicos. Mais informações pelo tel. (0–11) 3091-4373 ou pelos e-mails gpnovela@edu.usp.br ou aataide@usp.br.‘
METAMORPHOSES
Keila Jimenez
‘Record arrisca ao lançar sua nova novela em um domingo’, copyright O Estado de S. Paulo, 27/02/04
‘A Record escolheu um dia um tanto estranho para estrear sua novela, Metamorphoses: um domingo.
A trama, produzida em parceria com a produtora Casablanca, estreará no dia 14 , às 20 horas, e depois voltará à sua rotina normal, de segunda a sexta.
Segundo a Record, a escolha da data faz parte da ‘estratégia de marketing’ da emissora para fisgar a audiência cansada dos programas de domingo.
O capítulo de estréia entrará no ar no lugar de um compacto dos melhores momentos de jogos de futebol, que chega a alcançar boa audiência (entre 6 e 12 pontos no Ibope), mas, que não é, definitivamente, o perfil de público que mais se anima com uma novela.
Além da estréia dominical, a novela contará com uma ‘forcinha’ na programação da emissora. A rede prepara uma ação especial de divulgação da trama durante as atrações que vão ao ar no domingo. Chamadas, links com atores do elenco, entrevista com a diretora, imagens das gravações: vale tudo para chamar a atenção do telespectador para o lançamento da novela.
Outdoors e páginas de revistas serão ocupadas na próxima semana com propagandas de Metamorphoses.
Mesmo com tanta preparação, o lançamento do folhetim em pleno domingo pegou o mercado publicitário de surpresa, coisa que lembra muito o estilo ‘Silvio Santos’ de fazer televisão. Muitas agências de publicidade ainda não tinham sido comunicadas sobre o fato até ontem.
E novidade é o que não falta na trama. Sob a Direção-geral de Tizuka Yamasaki, o folhetim terá 144 capítulos recheados por uma história bem inusitada.
A produção, que está a cargo da produtora Casablanca, vai misturar ficção e realidade e discutir a questão da estética do corpo e o uso da cirurgia plástica. Ainda haverá máfia japonesa, troca de rostos entre duas irmãs, o desaparecimento de uma jóia misteriosa e muita tecnologia.
No elenco estão Gianfrancesco Guarnieri, Zezé Motta, Paulo Betti, Raul Gazolla, Luciano Szafir, Joana Fomm e Luciana Vendramini, entre outros.
Metamorphoses marca do retorno da Record ao gênero nacional. A última produção de folhetins bancada pela rede foi Roda da Vida, exibida em 2001.’
TV / CLASSIFICAÇÃO
O Globo
‘Análise de programas de TV será democratizada’, copyright O Globo, 26/02/04
‘Um advogado de 30 anos é o novo responsável pelo departamento do Ministério da Justiça que cuida da classificação dos programas exibidos pelas emissoras de TV. Há pouco mais de duas semanas, o paulista José Eduardo Romão substitui Mozart Rodrigues da Silva, exonerado após determinar a reclassificação e a transferência de horário dos programas ‘Cidade alerta’, da TV Record, e ‘Brasil urgente’, da Band.
Romão assume o cargo com uma incumbência que diz ser própria da filosofia do governo petista. Ele quer democratizar as avaliações que levam à classificação dos programas. Para isso, começou fazendo uma análise das 18 pessoas que cuidam delas. A intenção é qualificar os chamados classificadores para que passem a ter um olhar mais amplo do que o tradicional.
A ‘nova visão’, diz Romão, tem de ultrapassar o conceito puro e simples da idade. A comissão formada para revisar a portaria que regula o setor está propondo a adoção de uma ficha técnica a ser exibida antes dos programas. A ficha anteciparia o conteúdo e serviria de orientação aos pais.
Segundo Romão, já não se pode estabelecer apenas a idade como critério absoluto:
– Há diferenças na formação, por exemplo, de uma jovem do Savassi (bairro nobre de Belo Horizonte) e de uma índia caingangue. O que é impróprio para uma pode não ser para outra.
O modelo em debate vem acompanhado de mudanças nos procedimentos adotados na classificação. A idéia é fazer com que os classificadores ouçam mais os diversos setores da sociedade, como telespectadores e representantes das emissoras, antes de tomarem a decisão.
Nascido em Catanduva (SP), Romão trabalhou por dez anos em Minas. Ativista de direitos humanos, ele é professor em duas faculdades particulares de direito do Distrito Federal.’
VÍCIO EM TV
Daniel Castro
‘55% dos brasileiros são ‘viciados’ em TV’, copyright Folha de S. Paulo, 26/02/04
‘A maior parte da população brasileira, 55%, é composta por ‘altos consumidores de televisão’, que assistem a no mínimo 15 horas semanais de programação, ou mais de duas por dia.
Os dados, inéditos e exclusivos, são do Target Group Index, pesquisa feita no Brasil há quatro anos pelo Ibope, com 10.300 entrevistados de 12 a 64 anos, de todas as classes sociais, nos 11 principais mercados brasileiros.
De acordo com o Target Group Index, que pesquisa hábitos de consumo para o mercado publicitário, pelo menos 31 milhões de brasileiros de 12 a 64 anos são ‘altos consumidores de televisão’.
Os ‘altos consumidores’ são divididos em cinco grupos: antenados (21%), sonhadores (20%), formadores de opinião (16%), cuca frescas (18%) e tradicionais (25%). Os antenados, segundo o Ibope, são os telespectadores que se identificam com a frase ‘Eu me interesso por acontecimentos internacionais’. Já os sonhadores afirmam: ‘Eu me espelho nos personagens das novelas’.
Os formadores de opinião, na verdade, são os que assinam em baixo da expressão ‘Eu me considero interessado pelas artes’. Os cuca frescas são os que não estão nem aí para a qualidade da televisão. ‘Estou satisfeito com a maioria dos programas’, dizem eles.
Por fim, telespectadores tradicionais são os que se identificam com a frase ‘Eu confio na TV para me manter informado’.
OUTRO CANAL
Formato
A Globo cogitou produzir em 2005, quando comemora 40 anos, uma novela ou minissérie que contasse a história de sua teledramaturgia. Mas desistiu da idéia, por ser de difícil realização. Haverá, no entanto, casos especiais.
Garras 1
Tem o título provisório de ‘Paixão de Gaviões’ a próxima novela que a Rede TV! exibirá no horário nobre, em março, no lugar de ‘Pedro, o Escamoso’, que não fez o sucesso de ‘Betty, a Feia’.
Garras 2
Ainda no ar na rede Caracol, da Colômbia, ‘Pasión de Gavilanes’, título original, é ‘remake’ de um sucesso latino, ‘Águas Mansas’. Seu protagonista é Mario Cimarro (‘Gata Selvagem’).
Adiado
Inicialmente previsto para estrear em março, o programa ‘O Maior Brasileiro’, do SBT, ficará para maio. Em dez edições, o programa irá eleger, com votação pela internet e por telefone, ‘a maior personalidade brasileira de todos os tempos’. A emissora ainda negocia parceria com uma operadora de telefonia.
Vaticínio
A Globo já teve carnavais muito melhores do que o de 2004. A apresentação das escolas foi lenta demais, perdeu-se muito tempo nos primeiros carros alegóricos. Sem contar as gafes e os problemas técnicos: os cortes nas transmissões do Sambódromo do Rio, que resultaram de falhas nos links (equipamentos de conexão).’
CELEBRIDADE
Leila Reis
‘‘Todos os personagens são protagonistas da minha história’’, copyright O Estado de S. Paulo, 26/02/04
‘Enquanto Maria Clara, personagem de Malu Mader em Celebridade, entra em vertiginosa decadência, Noêmia (Júlia Lemmertz), seu braço direito, faz o caminho inverso. Nesta entrevista, a atriz que, por ser filha de dois grandes atores (Lílian Lemmertz e Lineu Dias) cresceu dentro de coxias e sets de filmagem, conta que interpretar Noêmia é um alívio depois da malévola Marta de O Beijo do Vampiro. E diz que o grande lance da personagem é retratar a mulher moderna, que sofre para conciliar filhos e carreira.
Estado – Noêmia tornou-se uma nova mulher? Você gostou da transformação?
Júlia Lemmertz – Já estava previsto na sinopse: ela é descrita como uma mulher com uma auto-estima muito baixa que dá uma virada em sua vida. Por causa da desilusão amorosa, Noêmia é muito desconfiada. Até que se apaixona, mas não se acha capaz de conquistar Cristiano (Alexandre Borges). A transformação vem pelas mãos do Renato (Fábio Assumpção). Ele enrola a Noêmia, mas a faz acreditar que é desejada. Mas a mudança dela é maior do que a do visual. Ela muda de atitude.
Estado – Qual a semelhança entre Noêmia e Júlia Lemmertz?
Júlia – Somos pessoas do bem, generosas. Como a Noêmia, acredito bastante na humanidade. Se eu não fosse atriz, talvez fizesse Medicina para trabalhar na Cruz Vermelha. Escolheria uma profissão que necessitasse ter compaixão, amor ao próximo. Acho que eu sou uma mistura das duas.
Estado – Você acha que existem muitas mães permissivas por causa de culpa? O que você acha da mulher que só se realiza por meio dos filhos?
Júlia – Existem muitas mulheres assim. E um dos grandes lances da novela é retratar essa mulher moderna, que trabalha fora, quer ter filhos e sofre porque não pode estar muito junto deles. Como mãe de dois – Luísa, de 15 anos, e Miguel, de 4 – passo por isso. Como filha também passei. Mas a culpa não me martiriza. Administro como posso, mas tenho a vantagem de ter o Alexandre para dividir o trabalho com Miguel. Coisa que não tive com a Luiza, pois me separei do pai dela quando era muito pequena. É muito louca essa história de mães quererem se realizar por meio do filho. Vejo muitas mulheres levando o filho ao programa da Xuxa, para fazer foto. A criança acaba fazendo, mas a escolha não é dela.
Estado – O fato de ser filha de uma grande atriz pesou quando escolheu a carreira?
Júlia – Não escolhi ser atriz. Queria fazer faculdade de Veterinária, de Fonoaudiologia, quando me chamaram para fazer um teste para uma novela – Os Adolescentes, na Bandeirantes. Fui quase de brincadeira porque não queria passar pelo crivo da minha mãe. Mas eu conhecia como funcionava a profissão:
cresci dentro de teatro e de sets de filmagem. Fiz a novela e depois fui fazer Lição de Anatomia, no teatro. Mas nunca liguei por me compararem com a minha mãe, porque éramos atrizes em estágios diferentes.
Estado – Você estreou nua?
Júlia – Minha mãe disse: ‘Já no primeiro trabalho você fica pelada, não acredito!’ Em uma entrevista que ela deu à Marília Gabriela no TV Mulher, ela disse que, se eu escolhesse esta vida, só queria uma coisa: que eu tivesse vocação para não sofrer.
Estado – Em ‘O Beijo do Vampiro’ você foi uma vilãzona e agora faz uma boazinha. Qual tipo você gosta mais de fazer?
Júlia – Marta me deu um trabalho filho da mãe. Passei nove meses sem falar uma palavra boa, sem ter um bom sentimento. Fiquei muito cansada, então fazer a Noêmia me aliviou do peso do Beijo do Vampiro. Eu não pegaria uma vilã depois da Marta. Fazer personagens diferentes é o que me dá lastro.
Nunca faço papéis parecidos. Já fui beata, maluquinha, vilã, boazinha.
Estado – Você acha que a TV tem oferecido papéis à altura do seu talento?
Júlia – Acho que sim e cada papel tem os seus desafios. Gosto de fazer papéis que me dão trabalho. Eu me sinto valorizada quando me oferecem papéis difíceis. Todos os personagens são protagonistas da minha história de vida.
Estado – De qual você mais gostou?
Júlia – Da Marta, pois era quase dois personagens: primeiro ela era cega, apaixonada pelo cunhada. Depois vira vampira, é má e engraçada. Adorei fazer a carola Genésia, em Porto dos Milagres.
Estado – Você tem trabalhado muito com seu marido Alexandre Borges. Qual é a vantagem e a desvantagem?
Júlia – A vantagem é que ele é um grande companheiro de trabalho. A gente não se acomoda, não deita no conforto de ser marido e mulher, por isso sempre nos surpreendemos um com o outro. A desvantagem é levar trabalho para casa e não poder nos dividir para cuidar do Miguel, por exemplo.
Estado – Vocês formam um casal bonito. Como cada um lida com o assédio de terceiros ao outro?
Júlia – É tranqüilo porque, quando estamos juntos, as pessoas nos respeitam.
O assédio deve rolar quando o Alê está sozinho. Mas não dou muita bola.
Estado – E cinema?
Júlia – Tem um para estrear em setembro, Jogo Subterrâneo, de Roberto Gervitz. Tenho outras propostas, mas é muito começo. Também não posso pensar em nada antes de terminar a novela.’
TV PAGA
Daniel Castro
‘Net testa novos pacotes de canais em SP’, copyright Folha de S. Paulo, 24/02/04
‘A Net, maior operadora de TV paga do país, com 1,3 milhão de assinantes, está testando em duas cidades do interior de São Paulo novos pacotes de canais.
Os novos pacotes são segmentados. A partir de um pacote básico, há configurações com ênfase em canais de filmes, de esportes, de canais ‘para a família’ e até um pacote especial para os consumidores de canais étnicos (como o italiano RAI e o português RTPi).
Hoje, o assinante da Net tem basicamente apenas três opções: o pacote Advanced (completo e mais caro), o Master e o Standard (básico). Dos assinantes da operadora, 48% têm o Advanced, 25,7% pagam pelo Master e 9,5%, pelo Standard. O pacote Plus (que não é mais vendido) responde por 11,2% da base. Outros tipos de seleção (como a que inclui internet por banda larga) são 5,7%.
Os novos pacotes em testes se aproximam das seleções lançadas pela Sky há um ano. Se forem bem aceitos, serão oferecidos em todas as cidades em que há Net.
Outra novidade em estudos pela Net é a inclusão do Canal Brasil, de filmes nacionais, no pacote básico (Standard). Hoje, o canal só está no Advanced.
A mudança foi anunciada no início do mês por Marluce Dias da Silva, diretora-geral licenciada da Globo, em encontro com cineastas no Rio. A Globo é sócia do Canal Brasil, que dá prejuízo. Com a medida, a Globo quer conquistar simpatia do cinema nacional.
OUTRO CANAL
Nem aí 1
Apesar de ter sido advertida pelo Ministério da Justiça por ter exibido ‘Big Brother Brasil’ às 20h do dia 25 de janeiro, a Globo voltou a apresentar o ‘reality show’ em horário incompatível com sua classificação _22h (16 anos). Domingo, ‘BBB’ entrou às 19h30.
Nem aí 2
Nos intervalos de ‘Big Brother’, a Globo exibiu comerciais de cervejas sem vínculos com patrocínios (por exemplo, nas chamadas de futebol ou Carnaval). O Conar recomenda que, nesses casos, as propagandas só sejam veiculadas em programas para adultos. E a Globo só as vinha exibindo após as 21h.
Chuva
Dados preliminares do Ibope na Grande SP mostram que a Globo teve médias, no domingo, de 29 pontos com o desfile da São Clemente, de 27 com a Caprichosos e de 14 com a Unidos da Tijuca.
Memória
Com homenagem a Xuxa, o desfile da Caprichosos teve grande apelo de audiência. Mas levou um baile da apresentação da Tradição em 2001, que teve Silvio Santos como grande estrela e deu 39 pontos. Os horários das exibições foram semelhantes.
Tradição
Com uma cobertura mais discreta, a Rede TV! bateu as concorrentes Record e Band com seu ‘Bastidores do Carnaval’. Ficou em terceiro lugar, atrás de Globo e SBT, nos três primeiros dias de folia, com picos de 5 pontos.’