A agência de notícias Reuters lançou um programa piloto de afiliados na terça-feira (20/12) que permite que blogs, organizações de mídia e outras publicações online disponibilizem até 20 vídeos de últimas notícias da agência em seus sítios. Segundo Stephen Smith, vice-presidente da divisão de mídia da Reuters, os vídeos serão atualizados diariamente.
Historicamente, a agência fornece notícias apenas para jornais e estações de televisão que pagam pelo serviço, mas ela vem expandindo seu alcance nos últimos anos e está oferecendo cada vez mais conteúdo em seu sítio. De acordo com Smith, o programa de vídeo aprofunda o esforço de expandir a audiência da Reuters, promover sua marca e aproveitar as vantagens do crescente mercado publicitário online. ‘O que nós queremos fazer é oferecer uma outra forma de distribuição de conteúdo e, seguindo as tendências, tirar proveito do crescente uso de vídeo online’, afirmou ele.
Há cerca de um bilhão de assinantes de internet via banda larga no mundo e espera-se que este número atinja 1.8 bilhão em 2010, de acordo com a Computer Industry Almanac, empresa que analisa o uso da internet nas principais regiões do planeta. A Reuters começou a mostrar vídeos online em 2003 e adicionou no ano passado anúncios e banners publicitários de 15 segundos antes da divulgação das matérias.
Um player foi criado para que os arquivos rodem nos próprios sítios, podendo ser assistidos em sistemas compatíveis com Windows e Macintosh, não sendo necessário que o usuário instale nenhum software. Durante o período de experiência do programa, os vídeos serão oferecidos gratuitamente, mas poderão conter anúncios, informou Smith. Em 2006, a agência pretende lançar comercialmente o serviço e, a partir daí, os sítios afiliados poderão optar por mostrar os anúncios ou pagar uma taxa. A Reuters está trabalhando juntamente com a Brightcove, um serviço de distribuição de televisão on-demand na internet (que permite que o usuário escolha que vídeo quer ver).
No mês passado, as concorrentes Associated Press e CBS assinaram acordos separadamente para distribuir vídeos online. Os vídeos da CBS vão aparecer na AOL, e a AP está negociando com a MSN, da Microsoft, a criação de uma rede de vídeos online com anúncios. Informações de Elinor Mills [CNET, 19/12/05].