Thursday, 26 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Ao povo, a palavra!

A mídia regional, em rádios comunitárias, jornais, revistas, pode e deve contribuir para elevar a capacidade estratégica da ação governamental, visando a consolidação dos princípios da democracia.

Seu verdadeiro raio de ação é a somatória da força e da capacidade de sua logística de distribuição, antenas, equipamentos, sua mão-de-obra qualificada etc., aliada ao grande espaço mental dos moradores locais, sejam anunciantes, ouvintes, leitores ou críticos.

Nossos bairros, nossas comunidades, nossas associações precisam se projetar e iluminar gente por merecer, por contribuir, por participar do nosso dia-a-dia e querer melhorias contínuas para a população, independentemente de raça, credo, nacionalidade, religião, com ou sem deficiência e tudo o mais que reza a nossa Constituição Federal. Gente que faz, produz melhorias e deixa fazer!

Precisamos resgatar nossa auto-estima a partir da valorização do espaço em que vivemos e das pessoas com as quais convivemos.

Caminho de construção

É importante salientar que a necessidade do acesso contínuo à informação tem um grande inimigo: o custo cada vez mais elevado dos deslocamentos, seja físico (transporte), de voz (telefonia), de imagem e som (TV por assinatura) ou de dados (internet), o que acaba inibindo as iniciativas de ampliar a periodicidade das mídias regionais que, visando informar e integrar os vários atores sociais da região, condensam por vezes muitas ações que poderiam ter real impacto de divulgação se o povo tivesse a oportunidade de convivência maior com elas.

Para resistir a este grande fenômeno mal dirigido da globalização, as mídias precisam participar com seus talentos, criatividade, humanidade, integrando o conhecer e o saber de uma comunidade sedenta por ações concretas e que contemplem de fato grande parcela de interesses e interessados. A manutenção e a conquista de novos leitores ou ouvintes é um exercício contínuo do entendimento deste pensamento coletivo.

Por fim, já que a conscientização de uma nação tem início e se consolida no decorrer de um caminho de construção para um mundo real, hoje e sempre, ao povo a palavra!

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Psicóloga