Grupos de prevenção ao suicídio ficaram furiosos com a campanha do filme Wristcutters: A Love Story (Cortadores de pulso: Uma História de Amor, tradução livre), que pretende colocar nas ruas de cidades dos EUA placas imitando sinais de trânsito mostrando imagens de pessoas se matando – jogando-se de pontes, eletrocutando-se ou enforcando-se.
A comédia, que será lançada em agosto, conta a história de um grupo de suicidas que se encontra no caminho para o purgatório. ‘Você não vê pessoas fazerem piada com outras causas de morte, mas vê com doenças mentais e com o suicídio’, reclama Robert Gebbia, diretor-executivo da Fundação Americana de Prevenção ao Suicídio (ASFP).
A ASFP entregou uma carta de protesto, junto com outras 14 instituições, a Courtney Solomon, co-proprietário da After Dark Films, produtora do longa, alegando que a campanha era excessiva. ‘Não queremos agir como censores’, esclareceu uma porta-voz da ASFP.
Prevenção
Solomon, por sua vez, alega que a idéia é divulgar placas com uma barra, indicando proibição, juntamente com corações, em alusão à linha romântica do filme. Mas ele considerou que a campanha pode mudar. ‘O filme acontece em um purgatório, e a mensagem é que o amor é maior do que o suicídio’, explicou, acrescentando que o longa pode até ajudar a prevenir suicídios. Ele planeja enviar, nas próximas semanas, o DVD do filme para as organizações que reclamaram, a fim de debater sobre a campanha com elas.
Esta não é a primeira polêmica da produtora. Na semana passada, depois de reclamações, a After Dark retirou de circulação pôsteres de outro longa, Captivity, que mostrava imagens de uma personagem sendo mantida em cativeiro, torturada e morta. Informações de Gregg Goldstein [Hollywood Reporter, 26/3/07].