O início das transmissões da Record News, quinta-feira (28/9) à noite, tem todas as condições para converter-se em marco de um novo capítulo no telejornalismo brasileiro. A concorrência em jornalismo significa diversidade e a diversidade só se torna visível através da disputa pela qualidade noticiosa.
O discurso inaugural do bispo Edir Macedo contra o monopólio da informação (evidentemente dirigido à TV Globo) só poderá ser levado a sério se a nova emissora esquecer a retórica e comprometer-se com um padrão de jornalismo livre de apelações populistas, livre do partidarismo político e do proselitismo religioso.
Se a nova emissora transformar-se em porta-voz do senador Marcelo Crivella, defensor intransigente de Renan Calheiros, é evidente que o monopólio da informação televisiva vai continuar.
Quando o governo Lula precisou escolher a presidente da nova Rede Pública de TV, foi buscá-la onde? Na concorrente da nova emissora, a Globo News.
Quando a Record ostentar em seus quadros profissionais como Teresa Cruvinel então teremos um telejornalismo verdadeiramente diversificado e competitivo.