O Consórcio DRM, organização internacional sem fins lucrativos, manifestou oficialmente o seu interesse em ser considerada pelas autoridades brasileiras na nova avaliação dos diferentes padrões de rádio digital. Uma carta de interesse foi enviada, na semana passada, para o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
Nos últimos 18 meses foram realizados ensaios com DRM30 e DRM+ em São Paulo, Belo Horizonte e Itatiaia, contando com a participação de especialistas brasileiros e parceiros. De acordo com a organização, a tecnologia DRM tem demonstrado um desempenho muito bom em longa distância, nas faixas de AM (DRM30) e também acima de 30MHz, confirmando alguns dos resultados positivos demonstrados recentemente em mais partes do mundo, como Índia, Sri Lanka, Reino Unido e outros países europeus.
Ruxandra Obreja, presidente do Consórcio, disse que espera que a oferta de dar continuidade aos testes, demonstrando os benefícios do DRM às autoridades brasileiras de radiodifusão comunitária, seja retomada. “A família de tecnologias DRM oferece a única solução de AM e FM completa, desfrutando de todos os benefícios de um padrão aberto, como alta qualidade de áudio, eficiência de espectro com até quatro canais por frequência e a mesma cobertura que a obtida através de transmissões analógicas, com menos consumo de energia e a mínima interferência”, avaliou.
A presidente da empresa ainda afirmou: “É convicção da DRM Consortium que o Brasil se beneficiará desta tecnologia, com sua mistura de áreas densa e escassamente povoadas e seu mercado de rádio vibrante e livre”. Ruxandra também vê a necessidade de envolvimento com as autoridades e os parceiros brasileiros: “isso irá demonstrar o potencial comercial para os transmissores, equipamentos e outros receptores produzidos e comercializados no Brasil”.