Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Em dois meses, 18 assassinatos

Já são 18 jornalistas e assistentes de mídia assassinados em 2007, segundo dados da Federação Internacional dos Jornalistas, que alerta para um ‘ano de devastador banho de sangue’. Segundo o secretário-geral da organização, Aidan White, profissionais de imprensa se tornaram alvos de violência em todas as regiões do mundo. ‘Nós temos que garantir que os assassinos não fiquem impunes’, afirma, ressaltando que, pelo que se viu em menos de dois meses, 2007 deverá ser outro ano recorde para crimes contra jornalistas.


Em janeiro, a Federação declarou que 2006 havia sido um ‘ano trágico’ para a atividade jornalística, com pelo menos 155 profissionais mortos. O conflito no Iraque foi fator determinante para o alto número de crimes no ano passado.


Últimos casos


Entre os crimes mais recentes, estão a morte do editor do jornal semanal Lightning Courier, Hernani Pastolero, atingido por tiros enquanto tomava café na frente de sua casa nas Filipinas, a do editor da revista estatal Andkhoy, Rahman Qul, no Afeganistão, e a do apresentador de rádio Ali Mohammed Omar, na Somália. ‘Estes assassinatos resumem a pressão intensa que os jornalistas enfrentam em todo o mundo’, diz White.


A morte de Pastolero dá início a mais um ano de violência em território filipino. O país é um dos mais perigosos do mundo para se trabalhar como jornalista. Em 2006, foram pelo menos 13 profissionais mortos por alguma relação com seu trabalho. Desde que a presidente Gloria Arroyo assumiu o poder, em 2001, já foram contabilizados 49 assassinatos.


Nestes dois primeiros meses de 2007, segundo a Federação Internacional dos Jornalistas [20/1/07], dois profissionais de imprensa foram mortos na África, dois nas Américas, três na Ásia, um na Europa e 10 no Oriente Médio.