Foi libertado no domingo (7/1) o fotógrafo peruano Jaime Razuri, da Agence France-Presse. Ele ficou sete dias em cativeiro após ser levado por quatro homens mascarados em frente ao escritório da AFP na Cidade de Gaza quando voltava de uma pauta. Resgatado por forças de segurança palestinas, Razuri afirmou estar bem. ‘Eu estou muito feliz de ter sido libertado. Eles me trataram bem e me deram boa comida’, contou, aproveitando para agradecer ‘a todos os envolvidos’ em sua soltura. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade sobre o seqüestro ou fez alguma demanda.
Depois de conversar por telefone com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, o fotógrafo deixou Gaza em direção a Israel acompanhado por diplomatas peruanos e franceses. Em declaração de Paris, o ministro francês das Relações Exteriores, Philippe Douste-Blazy, comemorou a libertação de Razuri e agradeceu aos que ajudaram no processo.
Comemoração
No Peru, emissoras de rádio e televisão interromperam suas programações de domingo para anunciar a soltura do fotógrafo. ‘Nós temos uma notícia extraordinária – Jaime Razuri está livre’, afirmou o apresentador da emissora a cabo Canal N.
Os governos do Peru e da França haviam condenado o seqüestro, e há dias um esforço diplomático em conjunto havia sido posto em prática pela soltura do fotógrafo. Abbas e o governo palestino, liderado pelo Hamas, também criticaram a abdução, afirmando que prejudicava os interesses palestinos. Jornalistas em Gaza, na França e no Peru organizaram manifestações e vigílias pela libertação de Razuri.
Seqüestros de estrangeiros na Faixa de Gaza se tornaram algo comum nos últimos tempos: foram 20 casos no ano passado. Na maior parte das vezes, os captores usavam os reféns para poder negociar concessões da Autoridade Palestina, e eles eram soltos em poucos dias. Em agosto, dois jornalistas do canal americano Fox News passaram duas semanas em cativeiro e foram libertados sem danos. Informações da AFP [7/1/07].