Estudo divulgado pela Newspaper Association of America na quarta-feira (4/10) revelou que o número de visitantes mensais a sítios de jornais dos EUA cresceu cerca de um terço na primeira metade de 2006 – enquanto a leitura de jornais em papel apresentou queda no mesmo período.
O número médio de visitantes únicos em jornais online chegou a mais de 55,5 milhões por mês, segundo averiguação do Nielsen//NetRatings, que monitora dados sobre a audiência na rede. No mesmo período de 2005, este número era de 42,2 milhões. A contagem por visitantes únicos indica quantos computadores diferentes acessaram as páginas.
As page views nestes sítios – que correspondem ao número de vezes que as páginas foram visitadas – cresceram 52% nos seis primeiros meses do ano. ‘Os sítios de jornais se tornaram um adicional significativo para o produto em papel, e estão impulsionando um grande crescimento de audiência’, analisa John Kimball, chefe de marketing da associação.
Crise de papel
Editoras de jornais têm lutado, nos últimos anos, contra a perda de leitores para outras mídias (principalmente a internet) e, em conseqüência, de anunciantes nas edições impressas. Os jornais online têm conseguido um feito importante: atrair o público jovem, que, segundo pesquisas anteriores, não tinha o hábito de ler jornal em papel. O sítio do Washington Post, por exemplo, teve aumento de 60% de leitores entre 25 e 34 anos, afirmou o estudo. No total, os sítios de jornais ajudaram no crescimento de 15% do público entre 25 e 34 anos e 10% nos leitores entre 18 e 24 anos.
Já a leitura dos impressos teve resultado negativo, de acordo com comparações de dados feitas pela Reuters. O New York Times caiu 5,8%, para 4,7 milhões de pessoas, e o USA Today, maior título americano, caiu 3%, para 6,9 milhões. Os jornais do grupo Tribune, que enfrenta ampla crise e explora alternativas como a venda de seus títulos, também viram seu público diminuir consideravelmente. No Chicago Tribune, a queda foi de 12,4% para 1,6 milhão, e no Los Angeles Times, de 9%, para 2,2 milhões. Informações de Robert MacMillan [Reuters, 4/10/06].