Wednesday, 18 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Jornalistas exigem ver execuções completas

Jornalistas do estado americano do Arkansas entraram com processo contra o diretor do sistema prisional local, Larry Norris, pelo direito de poder assistir às execuções de condenados à morte. Hoje, o estado não permite que o público e a imprensa assistam a todo o processo. As cortinas da câmara de execução são abertas às testemunhas quando o condenado já está preso à maca, e são fechadas quando ele morre.


‘As testemunhas deveriam poder ver o processo inteiro, incluindo o momento em que o prisioneiro é amarrado e a inserção das agulhas’, afirma a ação, aberta no tribunal federal de Pine Bluff. ‘O público tem direito, pela Primeira Emenda, de assistir a execuções a partir do momento em que o condenado é levado à câmara de execução’. O processo foi aberto pelo Sindicato das Liberdades Civis Americanas do Arkansas em nome da seção estadual da Sociedade de Jornalistas Profissionais, do Arkansas Times Inc., e do editor do Arkansas Times.


Eventos privados


Dina Tyler, porta-voz do departamento penitenciário do estado, refutou a justificativa baseada na Primeira Emenda da Constituição americana – que garante o direito à liberdade de expressão e a reunião pacífica de pessoas. ‘A base deste processo tem um grande erro, já que assume que as execuções em Arkansas são eventos públicos, quando a lei declara que eles são exatamente o oposto, são eventos privados’, afirmou. O último condenado executado no estado foi Eric Nance, morto em 2005 pelo assassinato e tentativa de estupro de uma adolescente. Informações de Jill Zeman [AP, 25/7/07].