Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Leitores reclamaram, elas voltaram aos jornais

Depois de cortar cargos e reduzir o tamanho do papel para tentar amenizar a crise financeira que assola a indústria midiática, jornais americanos de peso, como o New York Times, decidiram eliminar as tabelas de ações de suas páginas. O objetivo era economizar em papel e impressão, e, aparentemente, nenhum mal seria feito, já que as listas continuariam disponíveis online.


Não foi o que aconteceu: depois de uma onda de reclamações de leitores, dois grandes jornais do país anunciaram, na semana passada, que voltariam a publicar as tais listas. Washington Post e Wall Street Journal afirmaram que trarão de volta às suas páginas algumas das tabelas de ações.


Os leitores alegaram que ter que procurar as listas nos sítios dos jornais não era o mesmo que encontrá-las nos jornais matutinos. ‘Nós sempre tivemos em mente que iríamos ver qual seria a reação [dos leitores]’, afirma Sandra Sugawara, editora assistente do Post na editoria de finanças.


Hábito


Segundo ela, enquanto muitos leitores simplesmente migraram para a versão online em busca das informações, um grande contingente de assinantes de longa data do jornal se manifestou: tinham desenvolvido o hábito de acordar pela manhã e checar suas ações no jornal. Sandra afirma, no entanto, que a decisão do Post de restaurar algumas listas não irá afetar os objetivos de cortes do diário, pois elas ocuparão menos espaço.


Já o Journal, que tinha tomado a medida no início deste mês quando diminuiu o tamanho de suas páginas, anunciou que decidiu voltar a publicar algumas tabelas depois de ouvir reclamações de milhares de leitores. O jornal também ressaltou que sua meta de corte de custos não será afetada pela medida. Informações de Maria Aspan [The New York Times, 29/1/07].