A ombudsman do Washington Post, Deborah Howell, relatou aos leitores em sua coluna de domingo [27/5/07] o que foi discutido na conferência anual da Organização dos Ombudsmans de Notícias (ONO, sigla em inglês), ocorrida na semana passada na Universidade de Harvard. O evento reuniu 45 ombudsmans de todo o mundo – 1/3 deles dos EUA.
Os ‘representantes dos leitores’ discutiram diversos temas, desde os desafios para atrair o público a como ‘manter a sanidade e o equilíbrio quando se está entre leitores furiosos e profissionais da redação furiosos’. Muitos ombudsmans reportam diretamente a um editor ou ao publisher. Poucos são independentes, como é o caso do Post.
Discurso
Alan Rusbridger, editor do londrino The Guardian, falou do compromisso dos jornalistas com a verdade. ‘Somos buscadores da verdade, contadores da verdade. A confiança dos leitores deve ser conquistada a todo o tempo, não só no nome do jornal, mas em cada matéria’, defendeu. Com a possibilidade de leitores checarem a veracidade das informações através de outras fontes, este compromisso ficou ainda maior.
Rusbridger citou ainda um discurso que o colunista do Post David S. Broder fez há 30 anos. ‘O jornal que entregam no começo da manhã à nossa porta é parcial, incompleto e de certa forma impreciso sobre o que aconteceu nas últimas 24 horas. Mas é o melhor que podemos fazer e voltaremos no dia seguinte com uma versão mais atualizada’, repetiu, afirmando se tratar da melhor descrição já feita sobre o jornal. ‘E ela é ainda mais verdadeira com a era digital’.