A polícia metropolitana de Londres será investigada pela Comissão Independente de Queixas contra a Polícia (IPCC, sigla em inglês) após reclamações sobre o modo como lidou com a mídia no que se refere à morte de Ian Tomlinson. O vendedor de jornais teria morrido de um ataque cardíaco em meio a um protesto entre manifestantes e policiais da tropa de choque em frente ao Banco da Inglaterra, durante o encontro dos líderes do G20, em abril.
Tomlinson não participava da manifestação; apenas voltava para casa quando o incidente ocorreu. Inicialmente, a versão oficial da polícia dava conta de que os policiais haviam tentado reanimar o vendedor de jornais ao serem informados de que ele sofrera um infarto, mas que teriam sido impedidos de ajudá-lo pelos manifestantes. Uma semana depois, entretanto, esta versão foi derrubada pela divulgação de um vídeo que mostra Tomlinson sendo empurrado por policiais. Nas cenas, ele cai no chão. Logo depois, segundo testemunhas, passou mal e morreu.
‘Não apenas a família de Tomlinson, mas também o público levantou questões sobre se a polícia divulgou informações erradas sobre as circunstâncias da morte’, afirmou a vice-presidente do IPCC, Deborah Glass. Um porta-voz da polícia metropolitana informou que a família merece e deve esperar respostas às questões relacionadas à morte de Tomlinson. ‘É importante que haja um processo transparente, que forneça clareza em relação ao incidente. Vamos cooperar com a investigação’, relatou. Informações da BBC [15/5/09].