O repórter da TV alemã ARD, Jochen Graebert, rejeitou um pedido de autoridades chinesas para ajudar a identificar um médico que foi filmado em um documentário oferecendo terapia com células-tronco para atletas. Na semana passada, em programa exibido pela ARD, um homem identificado como um médico chinês oferecia este tipo de terapia a um repórter que se passava por um técnico de uma equipe de natação americana. A cena foi filmada com uma câmera escondida, o rosto do médico foi ‘manchado’ para que ele não fosse reconhecido e o hospital não foi identificado. Mesmo com o governo afirmando que está apertando o cerco contra doping antes do começo dos Jogos Olímpicos, o documentário sugere que a China ainda é o maior centro de produção e distribuição de drogas para melhorar a performance dos atletas. Segundo porta-voz do ministério da Saúde, Mao Qunan, não existe tal tecnologia na China e possivelmente o médico estaria enganando o suposto cliente. ‘Mesmo se o médico estava blefando, ou ainda se o documentário não trouxe informações verídicas ao público, estamos esperando a mídia dar uma explicação sobre a China oferecer drogas genéticas a atletas’, afirmou Qunan. De acordo com Du Jijun, diretor-geral da Agência Antidoping da China, o país realizou 10.238 testes em atletas chineses em 2007 – apenas 0,4% deles com resultado positivo, incluindo o atleta Luo Meng, uma promessa de medalha do país que foi banido para sempre do time nacional de luta livre chinesa, e o nadador Ouyang Kunpeng, expulso para sempre da equipe nacional de natação. A Agência Mundial Antidoping credenciou um novo laboratório em Pequim que irá realizar 4.500 testes para substâncias proibidas durante os Jogos Olímpicos – 25% a mais que nas Olimpíadas de 2004. Informações da AP [29/7/08].