Redes de TV americanas mudaram rapidamente o foco dos noticiários e enviaram suas equipes da Convenção Nacional do Partido Republicano para os lugares na Costa do Golfo por onde o furacão Gustav passaria no domingo (31/8). Os âncoras Katie Couric, Charles Gibson, Brian Williams, Anderson Cooper e Shepard Smith mudaram o destino; em vez de irem direto para Saint Paul, em Minnesota, foram para Nova Orleans.
O presidente George W. Bush e o vice, Dick Cheney, cancelaram seus planos de participação na convenção na segunda-feira (1/9), como estava programado – Bush discursou, por vídeo, da Casa Branca, no dia seguinte. ‘Temos que dar a notícia mais importante amanhã, e esta notícia agora é o furacão’, afirmou Jay Wallace, vice-presidente de notícias da Fox News Channel.
No domingo (31/8), Wolf Blitzer, da CNN, passou mais tempo falando sobre o furacão do que sobre o evento dos republicanos. Se não fosse o Gustav, o dia seria dominado por matérias políticas – como ocorreu na véspera da convenção democrata, em Denver, na semana passada. Felizmente para os EUA – e para o partido Republicano –, o furacão perdeu força e não causou grandes estragos no Golfo. O timing da passagem do Gustav não podia ser pior: dependendo dos danos causados, seria inevitável a comparação com a devastadora passagem do Katrina, em 2005. Na ocasião, o governo de George W. Bush foi extremamente criticado por demorar a tomar ações de auxílio aos atingidos pelo furacão. Informações de David Bauder [AP, 31/8/08].