No mês passado, Neil Portnow, executivo-chefe da Academia Nacional de Artes e Ciências Discográficas, responsável pela premiação Grammy, disse que realizaria a cerimônia com ou sem o apoio do sindicato de roteiristas americanos (Writers Guild of America). Esta semana, para sua sorte, o sindicato concordou em fazer um ‘acordo interino’ para a 50ª cerimônia de premiação dos melhores da música, programada para o dia 10/2. Portnow considerou a decisão ‘gratificante’.
Patric M. Verrone, presidente do sindicato dos roteiristas na Costa Oeste, afirmou em declaração que os músicos enfrentam os mesmos problemas de compensação pelo seu trabalho na rede que os escritores. A iniciativa foi uma maneira de apoiar os músicos profissionais e conseguir avanços nas próprias negociações.
Sem acordo
O ponto central da greve dos roteiristas é o pagamento do trabalho distribuído na internet. As conversas formais entre o sindicato e os estúdios de cinema foram interrompidas em dezembro. Na semana passada, entretanto, as duas partes deram início a negociações informais. A paralisação dura aproximadamente três meses.
O Globo de Ouro, que premia os melhores do cinema e TV nos EUA, sofreu as conseqüências da greve. O sindicato dos atores encorajou seus membros a boicotarem a cerimônia, o que acabou por reduzir a premiação a uma coletiva de imprensa. A cerimônia do Oscar, no dia 24/2, também está ameaçada, caso não seja feito um acordo interino. Informações de Lynn Elber [AP, 29/1/08].