Os nomes de mais de 700 americanos mortos no Iraque irão aparecer na tira de história em quadrinhos Doonesbury no domingo, 30/5, feriado do Memorial Day. A tira irá listar o nome de 702 soldados mortos na guerra até o dia 23/4. Serão usadas letras pequenas para que todos os nomes caibam em seis quadrinhos. ‘A intenção é reconhecer todos os mortos’, diz Les Salem, editor da Universal Press Syndicate, situada em Kansas City, responsável pela distribuição da tira. Há um mês, o âncora Ted Koppel também prestou tributo aos soldados, e mostrou por 40 minutos os nomes e fotos dos americanos mortos na guerra durante o programa de notícias Nightline, da rede de TV ABC. A tira Doonesbury já ganhou o prêmio Pulitzer e é publicada em 1.400 jornais nos EUA. Ela é famosa por abordar assuntos controversos. Em abril, pelo menos dois jornais decidiram parar de publicá-la depois de uma historinha que mostrava um soldado xingando ao saber que tinha perdido uma perna durante a guerra do Iraque. Informações de Elizabeth McKinley [AP, 20/5/04].
Simulação de terrorismo na BBC gera reclamações
A BBC foi inundada de reclamações no dia 17/5, após televisionar uma simulação de ataque terrorista em Londres na noite do dia 16/5. Mais de 140 pessoas ligaram para a emissora para reclamar do programa, London Under Attack (‘Londres sob ataque’), que mostrava o resultado de um ataque químico fictício na capital inglesa. Cerca de 2 milhões de pessoas assistiram ao documentário sobre a falta de preparo de serviços de emergência em casos de grandes ataques terroristas. O governo chamou o programa de ‘irresponsável’. Outros acharam que foi estupidez da BBC exibi-lo. ‘Presume-se que o objetivo não era pôr todo o país em estado de pânico, mas foi o que aconteceu. Meu filho me telefonou de Londres totalmente assustado. Sua amiga recebeu uma ligação de sua mãe, que achava que Londres estava sendo atacada, então ela entrou em pânico e virou uma bola de neve’, disse um telespectador. Cerca de 50 pessoas criticaram a BBC por não dizer durante a transmissão que o programa era uma simulação. Uma porta-voz da corporação admitiu que não houve alerta de simulação antes da exibição, mas que os espectadores foram reiteradamente informados durante o documentário de sua natureza ficcional. Informações de Dominic Timms [The Guardian, 17/5/04].