A primeira entrevista televisiva do ministro Franklin Martins no Observatório da Imprensa, na terça-feira (3/4), gerou algumas discussões nos meios jornalísticos e também políticos. Mas durante a entrevista delinearam-se algumas divergências.
Mesmo sem dispor ainda do formato da futura Rede Pública de TV (o que levará pelo menos 90 dias), Franklin Martins passou a impressão de que o núcleo central da nova rede será novo em folha. As redes culturais-educativas, embora já constituam uma razoável alternativa à TV comercial, serão complementares.
O novo ministro deixou claro que elas não serão abandonadas – ainda bem! – mas ficou a impressão de que o governo prefere um motor zero quilômetro.
Outra divergência relaciona-se com a campanha de anúncios para lançar o PAC, iniciada nesta semana. Franklin Martins concorda que, em tese, o governo não deveria desperdiçar recursos com propaganda, mas ao mesmo tempo enfatiza a importância estratégica do PAC – mesmo que o noticiário neste momento seja dominado pela crise na aviação civil que o PAC contempla de forma tangencial.
A importância da entrevista de Franklin Martins ao Observatório da Imprensa é que ela revelou um profissional comprometido com a transparência e atento às divergências. No caso de um ministro da Comunicação Social esses atributos são essenciais.