Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

A cobertura da mídia é o nome do jogo

Não adianta fingir, o Mundial domina todas as atenções e sobrepõe-se a todos os assuntos. E a tendência é de aquecimento, a menos que a nossa seleção antecipe o seu regresso. Mas falar hoje na Copa do Mundo significa obrigatoriamente falar na cobertura da Copa do Mundo. A Copa é a mídia; sem a mídia, a Copa seria uma sucessão de jogos nem sempre os mais animados. O resultado no placar às vezes importa menos do que aquilo que rolou na imprensa antes do jogo ou depois do jogo.


O duelo Ronaldo-Lula aconteceu porque o Fenômeno estava engasgado com a insistência da mídia a respeito do seu peso. O presidente Lula absteve-se de dar o troco porque a mídia poderia colocá-lo contra os jogadores e, neste momento, se existe algo intocável neste país, não é a Constituição, é a Seleção.


O remédio é torcer e esperar. Torcer mas não distorcer, como recomendou Juca Kfouri ainda na semana passada. O que nos leva novamente à questão do ovo e da galinha: o que é que importa, a Copa ou a cobertura da Copa?