O programa televisivo deste Observatório sobre imprensa e corrupção policial ilustrou com muita propriedade alguns dos embaraços à ação dos repórteres (ver aqui). Repórteres de jornais, principalmente. Apesar da existência de bons repórteres na TV e em revistas, esses meios não resistem à espetacularização.
Na TV, é sensacionalismo puro, cada dia mais patente na própria Globo. Das outras nem é preciso falar. O próprio Jornal da Cultura, sabe-se lá por que, apresenta matérias de crime. Sem nada que as diferencie das iscas de audiência que as emissoras comerciais empregam.
Nas revistas, não em todas as edições, também é a busca de audiência que prima, aqui pelo caminho do jornalismo ‘de teses’, ou ‘pensatas’, que são pautas feitas para enquadrar fatos dentro de uma moldura conceptual. No limite mais grotesco, mas praticado correntemente, falas são colocadas na boca de personagens da reportagem para validar a tese que o editor perfilhou ou concebeu. Esse assunto é batido. O fato é que as revistas brasileiras de grande tiragem tratam seus leitores como ginasianos. Preceituam, prescrevem, sentenciam, aterrorizam. Não procuram dialogar com a inteligência.
Essas digressões são necessárias porque TVs e revistas exercem grande influência. Seu público é nacional – não local, como o dos jornais – e muito amplo.
No início, tratava-se da elite política
Mas no programa estavam dois bons repórteres de jornal, Vera Araújo e Bruno Paes Manso, ao lado de Luiz Eduardo Soares e de Alberto Dines. Sigamos.
Constata-se que a discussão deslizou de uma instância muito grave e incômoda para um degrau abaixo na hierarquia político-administrativa. O que o deputado Marcelo Freixo disse, entrevistado no início do programa, foi: a elite política do estado (Rio de Janeiro, no caso) é profundamente corrupta ‘e acaba determinando que a cúpula policial também aja dessa forma para se manter no poder’, como escreveu Lilia Diniz no resumo publicado no OI.
Jorge Antônio Barros, entrevistado, permaneceu nessa esfera: disse que o nível de transparência dos governos é muito baixo.
Luiz Eduardo desceu um degrau na hierarquia: não abordou a suposta corrupção das autoridades maiores. Disse que não se trata mais do discurso da ‘banda podre’, mas de constatar que ‘segmentos policiais ainda resistem a este tsunami de corrupção’.
Fernando Gabeira, em artigo no Estado de S.Paulo (18/2), fora mais explícito: ‘Três das quatro mais importantes quadrilhas da polícia do Rio participaram da tomada do Alemão’. Em outras palavras, pode-se dividir a polícia do Rio não em departamentos, delegacias, serviços, mas em quadrilhas.
Há como driblar os ‘segredos’?
E isso nos leva ao ponto seguinte. Dines perguntou mais de uma vez por que o noticiário sobre a ‘Operação Guilhotina’ cessou depois de determinado momento. Vera disse que a dificuldade estava no segredo de Justiça. É uma dificuldade, sem dúvida, principalmente tratando-se de processo cujos réus são policiais.
Mas cabe perguntar: desde quando segredo de Justiça é respeitado no Brasil? Sempre que interessa ao governo federal, a PF, por exemplo, vaza o necessário e suficiente para levar às cordas algum desafeto, adversário, inimigo, grupo ou empresa que não tem ‘sensibilidade’ para entender as vicissitudes do financiamento da política etc.
O governo brasileiro detém um gigantesco banco de dados com podres de toda natureza. Governos estaduais fazem o mesmo, por intermédio de suas polícias. Setores da administração tiram casquinha, como se viu no caso relatado por Bruno: queriam derrubar o secretário de Segurança, tentaram colocá-lo em situação embaraçosa. O tiro saiu pela culatra, pelo menos por enquanto.
Segredo de justiça ou tempo para ‘reacomodações’?
Informação não falta. A questão é que ela é sistematicamente manipulada com objetivos criminosos, ou corruptos, ou de disputa administrativa, ou de conflito político. Os setores de inteligência das polícias não são burros, são manipulados.
A versão do professor José Cláudio Souza Alves sobre o silêncio que se seguiu à ‘Operação Guilhotina’, dada em entrevista ‘a quente’ (25/2) ao Observatório, era quase uma profecia. Só que as razões estariam muito distantes dos embaraços criados pelo segredo de justiça. Cito algumas passagens (para a matéria inteira, ver ‘Polícia, traficantes e milícia oprimem favelas‘):
‘Inicia-se uma crise interna da polícia que nada mais é do que a exposição do que sempre houve, a vinculação de nomes importantes da estrutura policial a essa rede criminosa. Um começa a acusar o outro. (…) Eles não podem continuar guilhotinando um ao outro, daqui a pouco é a degola de toda a estrutura, que está profundamente atingida. Vão sacrificar alguns. Qual é a recomposição dessa estrutura que vai ser feita a partir de então? Que nomes serão alçados?’
‘Um período de baixo perfil
Acho que toda essa estrutura entra num compasso de baixo perfil, que já é, a meu ver, o compasso das UPPs [Unidades de Polícia Pacificadora]. As UPPs trabalham com essa lógica de baixo perfil. Tirando o Alemão – querem instalar uma UPP lá, mas está esse caos todo da estrutura criminosa montada no Alemão, Serra Pelada −, a estrutura das UPPs convive com as demais estruturas do crime já existentes. Sobretudo com milícias, mas também com grupos criminosos organizados não paramilitares, não estatais. Tudo isso entra num compasso de baixo perfil, não vai se produzir agora uma exacerbação do ganho, como estava sendo feito até então, para se evitar mais uma exposição e mais uma investigação.’
Quanto ao que aqui interessa: enquanto os esquemas não se recompõem, não encontram um novo equilíbrio, ninguém fala, ninguém faz espalhafato. E sempre há uma monstruosidade nova para ocupar os espaços, como foi a tragédia de Realengo.
Experimentar caminhos que furem bloqueios
Dines estava angustiado com esta situação. Perguntou a Vera e Bruno se não seria possível encontrar um caminho narrativo que servisse à denúncia independentemente das fontes oficiais. É uma cogitação válida. Antes de mais nada, porque questiona implicitamente as rotinas das redações, muito dependentes de fontes policiais ou do Ministério Público.
Além disso, participava do programa um intelectual que conseguiu muito eficazmente furar essa barreira: Luiz Eduardo é coautor dos livros Elite da Tropa, que encontraram uma maneira de fazer denúncias sem acarretar aos escritores perseguições judiciais. E a coisa funcionou tão bem que foi o ponto de partida de dois filmes de grande sucesso, um tenebroso, o primeiro da série (qualquer dia trataremos da trajetória torta do Bope), e o outro valioso como denúncia das milícias.
Certo: jornalismo não é literatura. Felizmente! (Embora haja na praça frequentes confusões.) Falemos então dos livros-reportagens sobre crime e violência, que se acumulam ao longo dos anos e não é preciso listar aqui. Encontraram um caminho para apurar fatos e fazer denúncias muito importantes. Bruno Paes Manso, por sinal, é autor de um deles, O Homem X – Uma reportagem sobre a alma do assassino em São Paulo. Os autores, quase todos, são jornalistas que fizeram reportagens sobre o universo descrito nos livros.
Polícia bandida é muito perigosa
É difícil. Que repórter com brio profissional não gosta de ver publicada uma reportagem que faz o leitor pensar: ‘Puxa, eu não sabia disso’, ou ‘Caramba, chegaram a esse ponto!’. Se dependesse da vontade dos jornalistas, todo dia saía uma nova revelação. Não para ‘atacar’ a polícia; para mobilizar a consciência da população, complicar a vida dos mandatários que só pensam em pesquisa de imagem e ajudar os que resistem ao ‘tsunami’. Mas, como disse Vera a respeito da milícia (que é a polícia com outro nome), é muito mais difícil apurar assuntos relacionados a ela do que crimes de traficantes, bandidos não pertencentes à estrutura do Estado.
Em bom português, esse pessoal é muito barra-pesada. Tem acesso a informações sobre a vida do repórter. E convém lembrar que as estruturas que estão aí são heranças diretas da ditadura militar, que permitia a subalternos – a serviço da cúpula do regime, é verdade – condenar e executar sentenças de morte. Para não falar em torturas, detenções arbitrárias, intimidação. Tudo fora da lei. A ditadura levou para dentro dos quartéis práticas que se cristalizaram durante o Estado Novo. Naquela época, era coisa de policiais (já sob o comando de militares).
Em todo caso, fica o desafio formulado por Dines: como não deixar cair no esquecimento casos clamorosos de corrupção policial?
Diferenças entre Rio e São Paulo
No dia seguinte à exibição do programa, Bruno Paes Manso aceitou detalhar uma resposta sobre as diferenças de percepção da violência entre Rio e São Paulo. Eis a sua explicação:
‘Por que a imprensa de Sã Paulo parece pegar mais leve no tema?
‘Os mundos do crime em São Paulo e no Rio tiveram trajetórias bem diferentes e essas peculiaridades locais acabam sendo determinantes na cobertura dos eventos ligados à violência. No Rio de Janeiro, por exemplo, no começo dos anos 1980, a criação da Falange Vermelha iria definir a configuração do crime na cidade. Grandes comandos hierarquizados, aquartelados nos morros, com armas poderosas, em constantes disputas com facções rivais. Tudo bem próximo ou dentro da zona sul, resultando em tiroteios cinematográficos que sempre despertaram a atenção da imprensa. Os eventos no Rio costumam ser espetaculares e por isso são pautas prontas para os jornais.
‘A situação em São Paulo é muito distinta. Os roubos sempre foram o forte na cena criminal paulista. Claro que o tráfico existe em grande quantidade, mas ocorre em pequenos pontos espalhados pelas periferias. Assaltos nas ruas da cidade, sequestros relâmpagos, entre outras modalidades de crimes patrimoniais, da mesma maneira, são fatos repetitivos mas de pequeno impacto. Se fosse para noticiar todos, não caberiam nos jornais. De tão frequentes, tornaram-se eventos quase normais, tirando o ar de novidade e desestimulando a publicação.
‘A solução para a imprensa em São Paulo, a meu ver, é amarrarmos esses assuntos para tentar abordar o tema juntando casos e mostrando tendências no mundo do crime. Usam-se taxas de homicídios, comparam-se números de hoje com os do passado, e por aí vai. Eventos cinematográficos, como foram as rebeliões e ataques do PCC, sempre tiveram cobertura intensa em São Paulo. Só que, ao contrário do Rio de Janeiro, esses casos são mais raros na cidade. O que não significa que São Paulo seja menos violenta.’
Polícia não é menos assassina em SP
Recentemente, um caso escandalizou o público em São Paulo e no país. Em 12 de março, uma mulher visitava o túmulo do pai num cemitério em Ferraz de Vasconcelos, região metropolitana da capital, quando um carro da PM entrou, os soldados tiraram de dentro um homem e um deles o executou. A mulher ligou para o telefone 190 (Copom) e fez a denúncia. E ainda encarou o policial que praticara o crime e que, depois de perceber sua presença, fora tentar intimidá-la.
Em 4 de abril a gravação vazou e as emissoras de televisão, da maneira mais irresponsável, colocaram no ar trechos do telefonema da mulher para o Copom sem distorcer sua voz. O PM matador pode fazer parte de um grupo de extermínio. Ela se disse traída pela Corregedoria da PM. Como confiar no programa de proteção de testemunhas?
A fita estava no Copom. No dia 9, o comando da PM disse que não passou a fita para a mídia, nem o Copom o fez. Mas não aventou explicação para o fenômeno. A fita deve ter saído andando sozinha do arquivo. O secretário de Segurança, Antônio Ferreira Pinto, e o governador Geraldo Alckmin não intervieram. Mudos estavam e assim permaneceram.
Mas a reação administrativa à denúncia foi uma contraprova da violência policial em São Paulo (se alguma fosse ainda necessária). Reportagem de Bruno Paes Manso e Marcelo Godoy no Estado de S.Paulo, no dia 7, começava assim:
‘Todos os boletins de ocorrência que registrarem, a partir de hoje, casos de resistência seguida de morte na Grande São Paulo serão investigados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), equipe da Polícia Civil especializada em assassinatos. Atualmente, essas apurações ficam sob responsabilidade dos distritos policiais da área em que o homicídio ocorreu’.
‘Autos de resistência’: 7.071 em 15 anos
Entre 1996 e 2010, as duas polícias de São Paulo mataram, em casos apresentados sob a rubrica ‘auto de resistência’, 7.071 pessoas, o que equivale a 471,4 por ano, ou 1,3 por dia, em média. Ressalve-se que em certo número de casos houve de fato confronto a tiros com bandidos.
É só violência ou há interesses criminosos por trás dessas execuções? A estatística mostra que a Polícia Civil matou muito menos gente do que a Militar. Será por que a PM é militarizada? Existe outra explicação, ouvida de um policial aposentado: a Polícia Civil dispõe do inquérito como ferramenta de extorsão (o delegado é o presidente do inquérito e decide quem será ou não indiciado). E é encarregada de fiscalizar uma série de atividades. A PM não dispõe desse instrumento jurídico e dos mesmos caminhos administrativos. Pode ‘dar proteção’ a certos locais, como padarias, lanchonetes, bancos, residências, etc. Fora disso, só dispõe da violência: bater, ferir, matar.
Subir novamente um degrau
A polícia é a encarnação do mal? Não. Ela é a cara da sociedade. Voltemos ao começo deste texto e subamos de novo um degrau. No Estadão de quinta-feira (14/4) havia a seguinte manchete de página: ‘Por temer punições futuras, baixo clero atua para evitar cassação de Jaqueline’.
Jaqueline Roriz é deputada federal que apareceu em vídeo do Mensalão do DEM de Brasília, episódio altamente midiático, recebendo dinheiro (R$ 50 mil; para campanha eleitoral, é claro…) de Durval Barbosa, então secretário do governo de José Roberto Arruda.
Como a esmagadora maioria dos acusados no Mensalão do PT, como o deputado Edmar Moreira (o do castelo, que acaba de ser nomeado para um cargo no governo de Minas Gerais), como… deixo à imaginação do leitor a tarefa de ilustrar a tese: se o pessoal de cima faz, por que o pessoal de baixo não pode fazer?
Mais, e pior, do que isso: em alguns estados (RJ, para variar, é um deles), as corporações policiais estão profusa e difusamente envolvidas em arrecadação de fundos para campanhas eleitorais. Fundos? Como? Você sabe, leitor, Delúbio ensinou: ‘recursos não contabilizados’.
Espera aí, dirá o leitor encharcado de consciência cívica: o comportamento desses mandatários autoriza alguém a dizer que a polícia ‘é a cara da sociedade’? A resposta vai sob forma de pergunta: quem os elege?
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ENTREVISTA / VERA ARAÚJO
Redações não têm paciência para acompanhar inquéritos
Mauro Malin
A repórter Vera Araújo, do Globo, concordou em desdobrar em meio escrito sua participação no programa do Observatório na TV sobre imprensa e corrupção policial (ver Desafios na cobertura da segurança pública e A corrupção é (só) policial?). Ela explica nesta entrevista que as dificuldades para continuar noticiando a ‘Operação Guilhotina’, em que policiais do Rio de Janeiro foram presos pela Polícia Federal no início de março, decorrem de dois fatores: de um lado, os obstáculos inerentes a esse tipo de investigação; de outro, o desinteresse dos meios de comunicação em acompanhar o assunto, que não é notícia nova.
Eis a entrevista.
OI − A verdadeira razão de ter cessado o noticiário sobre o day after da ‘Operação Guilhotina’ é o sigilo de Justiça ou o fato de que as quadrilhas da polícia ainda não chegaram a um entendimento, um novo acordo, um novo arrego depois do Alemão e da Guilhotina, hipótese levantada por várias pessoas?
Vera Araújo − Na minha opinião, há dois verdadeiros motivos para o noticiário sobre a Guilhotina cessar. Um deles é que, apesar de estar investigando o bando de policiais civis corruptos há mais de um ano, a Polícia Federal não conseguiu avançar e, agora, a partir dos documentos apreendidos, vem desenrolando um novelo, pegando um novo fio da meada. Para isso, depende de outras quebras de sigilos bancários e telefônicos. Isso demora, até uma nova ação com holofotes. Vale ressaltar que a PF e o MP só conseguiram efetuar as prisões por conta da euforia da ‘corrida ao ouro’ do Alemão. A segunda causa seria a própria falta de interesse e paciência dos jornais, de maneira geral, em perder um repórter para ficar investigando e abrindo novas frentes de apuração. Apesar do segredo de Justiça, sabe-se que praticamente tudo que está no processo já foi explorado por nós.
OI – Isso quer dizer que o caso se esgotou?
VA – Não. Ele é fonte valiosíssima para levantarmos, por contra própria, os bens dos acusados, suas ligações com juízes e políticos, pois eles não agem sozinhos. O problema é que a velocidade para se obter este tipo de informação passa a ser incompatível com o tempo que os editores se dispõem a dar. Conclusão, abandona-se um excelente assunto para abordar um outro só para manter o noticiário feijão-com-arroz. Isso deixa o repórter investigativo possesso. Há um estímulo a se depender de autoridades, quando o repórter tem que ir à luta e chegar na boa matéria. Quando eu descobri as milícias, ninguém investigava o assunto. É um exemplo da importância de o repórter investigar por conta própria.
OI – Fernando Gabeira publicou no Estadão artigo em que dizia com todas as letras que há três quadrilhas (rivais, claro, acrescento; caso contrário, seriam apenas uma) na polícia.
VA − Existem vários grupos de interesse. A gente sempre se pergunta: como é que não chegaram ao grande chefe? Aquele que está no Congresso, tem conta na Suíça? No universo da polícia, acredito que haja mais quadrilhas, sim, mas toda vez que há uma grande operação no porte da Guilhotina é claro que o grupo espera um tempo para voltar a agir. Neste caso, outro bando assume. Aqui no Rio, a PM, por trabalhar no policiamento ostensivo e ter um efetivo maior, ganha visibilidade nos casos de corrupção envolvendo seus integrantes, mas as grandes operações, a Guilhotina é uma delas, comprovam a influente atuação da Polícia Civil nesta modalidade criminosa. A Polícia Civil atua atrás do balcão e, por isso, pouco aparece. Quando isso ocorre, é porque cometeu algum deslize.
OI – Gabeira também escreveu que o Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro, da Polícia Civil, foi usado para acompanhar a evolução patrimonial de parentes de bandidos presos e para extorqui-los. Segundo o jornalista, essa teria sido a causa da explosão de violência que antecedeu a ‘conquista’ do Alemão. Qual é sua opinião?
VA – O Laboratório foi inaugurado no fim do ano passado, mas já atuava há mais de um ano. O que ele fez neste período? Acompanhava a evolução patrimonial de bandidos? É outro assunto que não ficou bem esclarecido e precisa ser investigado.