11 de Setembro é para o mundo contemporâneo o que foi o 8 de Maio de 1945 para a geração anterior. A diferença é que esta última data foi festiva, marcou o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa. Já a catástrofe que destruiu as torres gêmeas do World Trade Center em Nova York marcou o início, senão de uma guerra, pelo menos de um novo tipo de confronto – intenso, contínuo e globalizado.
A mídia nacional e a mídia internacional estão lembrando de forma extensiva e intensiva o quinto aniversário da maior ação terrorista de todos os tempos. Mas o que sobrará desta cobertura amanhã, depois, ou na próxima semana?
Além dos intensos combates no Afeganistão, mudou a percepção do leitor com relação ao mundo em que agora vive? O telespectador tem noção do corte abrupto que aconteceu naquela terça-feira, 11 de Setembro de 2001? Além das dificuldades nos aeroportos e nas viagens aéreas está clara a idéia de que o mundo mudou e ainda pode mudar muito, mas muito mais? Ou será que só o agravamento da situação levará as pessoas a compreender as dimensões verdadeiras da Era do Terror?
Uma coisa é certa: os terrorismos precisam da mídia para aterrorizar. Mas a mídia não pode submeter-se ao terrorismo. Basta ter isso em mente.