De acordo com um relatório elaborado pela ONG americana Freedom House, o ambiente para jornalistas ficou ainda mais hostil em todo o mundo em 2007, sendo o sexto ano consecutivo de retrocesso da liberdade de imprensa. O pior país no ranking foi a Coréia do Norte, seguido por Mianmar, Líbia, Turcomenistão, Uzbequistão, Belarus, Zimbábue e Guiné Equatorial.
Com a mídia desempenhando um papel fundamental na cobertura de golpes e eleições em países como Paquistão, Bangladesh e Geórgia, jornalistas se tornaram alvos de censura por parte do governo. ‘Para cada passo em direção à liberdade de expressão no ano passado, houve dois passos para trás’, opina Jennifer Windsor, diretora-executiva da Freedom House. ‘Quando a liberdade de imprensa está ruim, é um sinal de que restrições a outras liberdades irão acontecer’. No Iraque, por exemplo, a situação permaneceu ruim. ‘Não houve melhorias no Iraque. Uma das razões dadas para a invasão do país foi levar a democracia para lá. A democracia que foi estabelecida, no entanto, é muito problemática’, afirma o pesquisador Karlin Karlekar.
A violência contra jornalistas foi citada em diversos países, incluindo México, Rússia e Filipinas. O abuso de leis de calúnia aumentou em vários lugares, em especial na África. A Europa Ocidental foi o lugar que apresentou o índice mais alto de liberdade de expressão, embora tenham sido registrados declínios em Portugal, Malta e Turquia. Dos 195 países e territórios analisados, 72 foram citados como livres, 59 como parcialmente livres e 64 como não livres. O Brasil foi considerado ‘parcialmente livre’. Informações de Barry Schweid [AP, 29/4/08].