Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

As respostas e a não-resposta

Em relação aos textos enviados pela Globo e pela Cemig em resposta ao meu artigo ‘O governo mineiro e a Globo‘, tenho a esclarecer que:


1. Não propago a idéia de que a Cemig teria pago através de operação financeira dívida da Globopar com credores estrangeiros. Comento denúncia feita originalmente no site NovoJornal.


2. O Observatório não é um veículo noticioso. Ele monitora e analisa o que é publicado e noticiado nos órgãos de mídia.


3. O que comento no artigo é a gravidade da denúncia e a necessária apuração pelos órgãos competentes, bem como pelos órgãos de mídia não envolvidos na denúncia. Tal é a gravidade o assunto que duas das instituições envolvidas se pronunciaram.


4. Estranho e delirante seria se a Cemig e a Globo se declarassem culpadas das acusações em suas respostas.


5. Reitero o meu papel e a conseqüente publicação de meu artigo apenas como comentador da acusação.


6. Continuo não descartando, no entanto, a necessária apuração da acusação.


7. Sendo fictícia, caberia aplicar ao órgão denunciante, o NovoJornal, a legislação vigente.


Concluo apontando que o governo mineiro foi o único a não se pronunciar sobre a acusação do NovoJornal. Enfatizo também a sua responsabilidade ao permitir que esse tipo de denúncia apareça. Tal denúncia, se infundada, surge como forma de tentar se justificar a blindagem da mídia ao governador Aécio Neves, bem como o cerceamento ao trabalho dos profissionais de imprensa, fato que já foi amplamente divulgado neste mesmo Observatório, em outros veículos jornalísticos e até mesmo pelo Sindicato de Jornalistas de Minas Gerais – e que raramente merece do governo algum tipo de comentário.


Enquanto os vínculos e relações entre o governo mineiro e os órgãos de mídia não forem devidamente esclarecidos, o próprio governador e sua equipe abrem flanco para que denúncias como essas surjam e ganhem repercussão.

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Documentarista