Thursday, 21 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Canal pago venderá séries
de TV por controle remoto


Leia abaixo os textos de segunda-feira selecionados para a seção Entre Aspas.


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Folha de S. Paulo


Segunda-feira, 7 de maio de 2007


TELEVISÃO
Daniel Castro


HBO vai vender séries pelo controle remoto


‘A HBO começa a testar no Brasil até o final do ano seu serviço de ‘video on demand’ (VOD). Com o produto, o assinante de TV paga poderá comprar pelo controle remoto filmes e seriados da programadora, como ‘Roma’, ‘Família Soprano’ e ‘Mandrake’.


O VOD funciona como um ‘pay-per-view’ de programas não ao vivo. Uma vantagem é que o assinante não precisa baixar o conteúdo em um gravador digital se quiser revê-lo. O usuário pode dar um ‘pause’ no controle remoto e voltar a assisti-lo dias depois. E também pode copiá-lo em DVD.


O serviço só se tornou possível com a digitalização das operadoras, mas nem todas estão aptas a oferecê-lo, porque precisam ter capacidade de transmitir grande quantidade de vídeo simultaneamente. Além disso, é necessário que a conexão do assinante tenha linha de retorno para a operadora.


Segundo Emilio Rubio, presidente de distribuição da HBO Latin America, o HBO On Demand (nome do produto) já está em testes no México, onde deve ser lançado comercialmente em julho. Depois, será testado no Chile e no Brasil.


Rubio afirma que os filmes e episódios e temporadas inteiras de séries ficarão disponível em VOD logo após a exibição nos canais HBO. Preços e quantidade de vezes que o assinante poderá assistir ao conteúdo sem gravá-lo dependerão das operadoras, diz o executivo.


EXPECTATIVA 1


O jornalista Paulo Markun deve ser eleito hoje presidente da Fundação Padre Anchieta com uma alta taxa de aprovação dos funcionários da TV Cultura. Mais de 70% dos cerca de 300 trabalhadores que votaram em um ‘plebiscito’, concluído sexta, são a favor dele.


EXPECTATIVA 2


O ‘plebiscito’ foi realizado por Maurício Monteiro, representante dos funcionários no conselho curador da fundação. Monteiro queria saber se deveria votar em Markun ou se abster. Há três anos, quando Marcos Mendonça foi eleito presidente da Cultura, 60% dos funcionários o rejeitaram.


ESCOVA


Roberto Justus aparou seu topete para apresentar a quarta edição de ‘O Aprendiz’.


BAND INTERNACIONAL


O grupo Bandeirantes fechou acordo com uma empresa japonesa e terá os sinais da Band e da BandNews distribuídos no Japão pela operadora Sky Perfect TV, a partir de setembro.


ESTRABISMO


As gêmeas de ‘Paraíso Tropical’ estão ‘vesgas’. Elas nunca acertam o foco do olhar quando contracenam, não conseguem olhar uma para a outra.


ESNOBISMO


Mais do que ser casado com uma bela mulher, é preciso divulgar. Essa é a ‘filosofia’ de Marcelo de Carvalho, vice-presidente da Rede TV!. Na semana passada, ao atender a um telefonema de Luciana Gimenez, fez questão de mostrar a interlocutores o celular registrando o nome da apresentadora e de dizer: ‘Ela é ciumenta’.’


TODA MÍDIA
Nelson de Sá


A batalha da Sé


‘‘Campo de batalha’, dizia a primeira manchete da Folha Online. ‘Quebra-quebra’, no portal das Globos. Na home de ‘O Estado de S. Paulo’, ‘Polícia atira e multidão invade palco dos Racionais’, com o relato de que ‘a confusão se iniciou quando jovens começaram a pichar prédios’ e ‘a polícia deu tiros, às vezes de borracha, outros não, e lançou bombas de efeito moral’. Na Folha Online, os jovens ‘subiram em uma banca’ e ‘a PM exigiu que saíssem, o que gerou agressões dos dois lados’, até que ‘a força tática entrou, atirando balas de borracha e bombas de efeito moral’. Depois ‘a PM culpou o conjunto de rap pela fúria dos presentes’. Segundo o senador Eduardo Suplicy, ‘os PMs estavam mais nervosos que o público’. Os Racionais, disse a Folha Online, são conhecidos ‘pelas letras combativas, sobretudo em relação a abusos policiais’.


AGONIA VS. ÊXTASE


Do ‘New York Times’ ao ‘Telegraph’ de Londres, das agências internacionais aos jornais locais dos EUA, a viagem do papa tem um só foco: Bento 16 vem ‘enfrentar o desafio da perda de católicos para as seitas [expressão do ‘NYT’] de evangélicos’. Na ironia da ‘Economist’, ao falar dos ‘rivais mais fortes’ que o papa vai encontrar, ‘os pentecostais preferem o êxtase à agonia’. Aqui e ali, menciona-se o distanciamento entre Lula e a Igreja Católica.


A QUEBRA NOS EUA


Talvez pela ausência de reação imediata da Casa Branca, a quebra da patente do remédio antiAids pelo Brasil se restringiu às versões on-line de ‘Wall Street Journal’, ‘Financial Times’ e outros -e a uma nota curta na edição de sábado do ‘NYT’. Os textos traziam até elogios de ativistas de saúde à decisão. As críticas maiores eram destacadas em sites como ‘Washington Times’ ou ‘All American Patriots’, este com um despacho da estatal Voz da América.


E EM OUTRAS PARTES


Do outro lado do mundo, indianos como o ‘Times of India’ e tailandeses como o ‘Bangkoc Post’, entre outros, noticiavam com viés elogioso a decisão do Brasil. No primeiro, o destaque era a opção pelo genérico indiano. No segundo, ‘a Tailândia não está mais sozinha na batalha’ iniciada por seu ministro da saúde, ‘um respeitado e premiado médico civil’. Sites da África do Sul foram pelo mesmo caminho -assim como sites engajados tipo The Advocate.


BILHÕES E A LIBERDADE


Como destacou o ‘Wall Street Journal’, Rupert Murdoch, o controverso magnata que quer comprar o mesmo ‘WSJ’, iniciou um esforço para ‘cortejar’ seu objeto de desejo. O primeiro movimento foi uma entrevista ao ‘New York Times’. Declarou coisas como ‘não estamos chegando com um bando de cortadores de custo’ e defendeu um conselho ‘independente’ no jornal, ‘separado’ de sua corporação, a News, o que asseguraria liberdade editorial. O blog do concorrente ‘Financial Times’ reagiu com o post ‘Murdoch ao ‘WSJ’: acredite no que eu falo, não no que eu faço’, listando ações do magnata nos jornais e TVs da News. De todo modo, o próprio Rupert Murdoch admitiu na entrevista que sua bilionária oferta de compra foi feita, ela sim, ‘para chamar a atenção dos proprietários’.


MAIS DUAS


O ‘New York Post’ de Murdoch noticiou que a Microsoft quer comprar o Yahoo. E o ‘Globe and Mail’ de Toronto noticiou que a Thomson quer comprar a Reuters. Os dois negócios ecoaram amplamente. O primeiro seria uma reação à compra da DoubleClick pelo Google, que ampliou seu domínio da publicidade on-line. O segundo seria reação à eventual compra do ‘WSJ’ por Murdoch.


ESSENCIAL


Em resposta aos negócios em curso na mídia, sob pressão da internet, o ‘Financial Times’ publicou o editorial ‘Em defesa da mídia independente’. O jornal, alvo de rumores de compra meses atrás, defendeu as estruturas societárias das empresas de comunicação, como os limites impostos pela Reuters, que garantem a ‘imprensa vigorosa e independente, parte essencial das sociedades abertas’.’


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