A ONG Repórteres Sem Fronteiras [5/12/06] expressou grande preocupação sobre o futuro da internet no Irã – onde a censura agora é regra, em vez de exceção – depois que o YouTube e o sítio do jornal americano New York Times entraram para a lista negra do país. A versão em inglês da Wikipedia também foi bloqueada por três dias no início de dezembro. O governo vê a enciclopédia online, na qual os internautas podem escrever os verbetes, como uma ameaça. Estas ações ocorreram dois meses depois que o Irã proibiu o acesso à internet banda larga.
‘O governo está tentando criar uma fronteira digital para impedir a entrada da cultura e das notícias do exterior’, disse a RSF. ‘A política do governo iraniano não é um caso isolado. Está ficando cada vez mais parecido com as autoridades chinesas’.
Testes feitos pela RSF confirmam que o YouTube e o diário americano não estão acessíveis no Irã desde o começo de dezembro. O NYTimes é regularmente bloqueado no Irã, mas esta censura costuma ser temporária.
O chefe da Agência de Desenvolvimento de Tecnologia da Informação no Irã, Vafa Ghafaryan, afirmou que o governo planeja aumentar a vigilância de mensagens ‘prejudiciais’. O Irã condenou por anos uma ‘invasão cultural’ lançada pelos ‘inimigos’.