Concordo plenamente, como na maioria das vezes que leio seus artigos, com o Alberto Dines. Apesar de ser jornalista e trabalhar numa retransmissora da Rede Record em Mato Grosso, acredito que o horário em que o Cidade Alerta é apresentado não seja o mais indicado. Na verdade, aqui no Cidade Alerta edição Local, que é transmitido apenas para a cidade de Nova Mutum, estamos tentando dar outra "cara", mais comunitária, mais social.
Acreditamos que a sociedade não precisa e não quer ficar assistindo a um programa sensacionalista sobre prisão de "marginais", pobres, é claro, porque os marginais ricos estão em Miami curtindo férias. Então, estão em evidência em nosso programa campanhas para arrecadação de alimentos para pessoas carentes, arrecadação de donativos para pessoas afetadas pelas chuvas ou outras tragédias e temos um quadro chamado Perguntas ao advogado, que esclarece à população mais carente dúvidas em relação a seus direitos. Não preciso nem comentar que o programa é um sucesso, mesmo porque de sensacionalismo já basta o Cidade Alerta nacional e outro programa da grade da Record aqui de MT chamado Cadeia neles, um horror! No mais, agradeço imensamente a oportunidade de ler semanalmente os artigos dos mais gabaritados "entendedores de jornalismo" deste país. E obrigada também por estarem sempre observando a imprensa nacional e mundial. Sucesso!!
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RBS, pendenga antiga
O Guia de Ética e Responsabilidade Social da RBS, que foi lançado recentemente em seu portal institucional, nada mais é do que uma releitura do Manual de Ética, Redação e Estilo de Zero Hora, e que não era seguido. A pendenga local é longa, antiga e está longe de terminar. Aquele manual era (e é) utilizado pelo editor de Zero Hora, Sr. Marcelo Rech, para as explicações mais estapafúrdias possíveis quanto ao modus operandi do tablóide Zero Hora durante o mandato do então governador Olívio Dutra. Explicações contestadas por centenas de leitores, principalmente durante a farsa da CPI da Segurança Pública e no episódio da queima do relógio da Globo na virada do ano 2000.
Foram quatro anos de quase batalha campal. A RBS plantou sementes de "ventos" e hoje está sob tormenta! Como na fábula "O menino e o lobo", na qual um menino morava numa aldeia à beira de uma floresta: sua brincadeira predileta era ir para a floresta e voltar correndo e gritando que tinha um lobo na floresta. De tanto enganar as pessoas elas passaram a desacreditá-lo. No caso da RBS ocorre um fato interessante: seus "colaboradores" são incompetentes e não sabem diferenciar cordeiro de lobo ou existe o real interesse institucional em devorar todos os cordeiros, pois os lobos são seus anunciantes? Confesso que ainda não cheguei a uma conclusão. Há também forte suspeita de troca de papéis: O menino pelo lobo!
A verdade é que a RBS, por um erro de conduta, fez no Rio Grande uma escolha, e foi pega com as calças na mão. É o maior erro que uma empresa que vende imagem poderia fazer. A RBS tem contra si os movimentos sociais, ex-funcionários e um infindável número de leitores que cancelaram as assinaturas de seus jornais. Seus problemas financeiros e a crise de credibilidade fez com que o grupo contratasse o Sr. Pedro Parente para uma "faxina" e executando diversas mudanças: a demissão do Sr. Rogério Mendelski, e mais recentemente do Sr.José Barrionuevo; diversas campanhas para reaproximação com a população de Porto Alegre; parcerias com universidades e o lançamento deste manual.
Contudo, continua com seu jornalismo opinativo. Mais recentemente paira sobre sua cabeça mais uma espada. As denúncias de uma revista local, a Porém, que o Ministério Público já está investigando. Só procura esconder o passado quem tem algo para esconder. De qualquer modo sabemos que caráter não muda, e tampouco é encontrado em mercearias. Tudo indica que continuaremos sem nenhuma ética, pouca responsabilidade social e nenhuma credibilidade.
A pergunta que não quer se calar é: por que isso não aconteceu com os outros jornais do RS, como o Correio do Povo e o Jornal do Comércio? Por que só com a RBS? Eu sou um dos que cancelaram a assinatura daquele tablóide por não acreditar mais no "menino!" Ou seria um lobo com pele de menino?
Cássio Maffazzioli, Porto Alegre
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