Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Cobertura de corrida presidencial cresce nos EUA

Estudo do Project for Excellence in Journalism divulgado na segunda-feira (20/8) afirma que, nos EUA, o assunto de mais destaque na cobertura jornalística recente é a corrida presidencial. A campanha pela Casa Branca ofuscou a guerra do Iraque, que em abril, maio e junho correspondeu a menos de 15% da cobertura total. Nos primeiros meses do ano, este índice chegou a 22%. A queda ocorreu após a aprovação no Congresso, em maio, de verbas para o conflito sem apresentar previsão de saída dos soldados do Iraque. Se no início do ano a cobertura de questões ligadas às eleições presidenciais de 2008 dava mais espaço ao partido Democrata, no segundo trimestre ela se tornou mais equilibrada – com 42% para democratas e 41% para republicanos. Foram examinados mais de 18 mil artigos de 13 jornais, oito estações de rádio, cinco sítios de internet, três canais de TV a cabo e os telejornais matutinos e noturnos da TV aberta. O Project for Excellence in Journalism, originalmente afiliado à Escola de Jornalismo de Colúmbia, uniu-se ao Pew Research Center em Washington, em 2006. Informações de Lynn Elber [AP, 20/8/07].

China proíbe apuração sobre queda de ponte

O governo chinês proibiu grande parte da imprensa do país de cobrir a queda de uma ponte em construção na cidade de Fenghuang. O incidente, no início da semana passada (13/8), deixou pelo menos 47 mortos. Repórteres que tentavam entrevistar famílias de vítimas chegaram a apanhar de pessoas não identificadas, que os acusavam de fazer entrevistas ilegais, informa Charles Hutzler [AP, 17/8/07]. Segundo jornalistas, o Departamento Central de Propaganda, maior órgão de censura do país, determinou que a mídia estatal não enviasse repórteres ao local do acidente ou tentasse apurar informações, confiando apenas nos relatórios divulgados pela agência de notícias oficial Xinhua. A queda da ponte levantou questões sobre construção com material de baixa qualidade e possível corrupção entre autoridades e empreiteiros. Ao controlar a cobertura jornalística do incidente, o governo diminuiria também o alcance destas suspeitas.