Monday, 23 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Colunistas do NY Times são parodiados em sítio

The New York Times não tem bom humor com quem tenta parodiá-lo. O sítio TheNationalDebate.com, de Robert Cox, tem uma seção em que corrige erros factuais das colunas opinativas do jornalão nova-iorquino. Ele questiona, por exemplo, dados econômicos de Paul Krugman, com estilo igual ao do Times e numa página com design idêntico ao do website do diário. O detalhe que revela que se trata apenas de uma paródia é a data: 30 de fevereiro. O Times mandou carta a Cox e ao provedor que mantém seu sítio no ar, pedindo que parem com a brincadeira. ‘Suas ações são planejadas para deliberadamente confundir as pessoas, e são claramente ilegais’, dizia o recado. O provedor afirmou que suspenderia a hospedagem se a ordem do diário não fosse acatada. Cox observa que a grande questão envolvida nisso é que o Times não impõe a seus colunistas o mesmo rigor de correção de dados com que são tratadas as matérias comuns. O editor da página de opinião do jornal, Gail Collins, nega que seja assim: ‘Os colunistas devem fazer suas próprias correções, o que não significa que não devam corrigir todos os erros’. Com informações de Paul Colford [New York Daily News, 12/3/04].



Costa Rica e Paraguai poderiam mudar leis de difamação

A organização Asociación para la Defensa del Periodismo Independiente [11/3/04] enviou cartas para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos defendendo Mauricio Herrera Ulloa, jornalista porto-riquenho, e Ricardo Canese, político paraguaio, ambos enquadrados em leis de difamação pela justiça de seus países. Ulloa citou reportagens européias sobre um diplomata, o que foi considerado ofensivo. Já Canese, durante eleição presidencial, chamou seu oponente Juan Carlos Wasmosy de ‘espantalho’ do ex-ditador Alfredo Stroessner. Para a Asociación, leis que criminalizam ofensas à honra infringem o artigo 13 da Convenção Americana de Direitos Humanos, que protege a liberdade de expressão. Caso seja considerado que Costa Rica e Paraguai violaram a convenção, os dois podem ser obrigados a mudar suas leis, o que geraria um precedente para que medida semelhante fosse tomada em outros países.