Sunday, 24 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Comunique-se

JB E GZM CONDENADOS
Comunique-se

Justiça condena JB e Gazeta por danos morais , 11/12/06

‘As 11 reportagens seguidas que a Editora JB, do empresário Nelson Tanure, publicou no Jornal do Brasil e Gazeta Mercantil sobre o jornalista Lourival Sant’Anna, do Estado de S. Paulo resultaram em uma indenização de R$ 100 mil, valor corrigido a partir de janeiro, por danos morais ao repórter. Além disso, os dois veículos deverão publicar em 11 edições seguidas a sentença na íntegra. A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso.

Em reportagens não assinadas, Sant’Anna era acusado de produzir e divulgar um dossiê ‘falsificado e apócrifo’ contra Tanure. Em dezembro de 2005, o repórter produziu um perfil da carreira do empresário quando ele se interessou pela compra da Varig. Os credores da empresa vetaram o negócio e, em janeiro, Tanure desistiu da empreitada e entrou com uma queixa-crime contra o jornalista do Estadão. Na época, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiaram a série de reportagens do JB e Gazeta.

Em sua sentença, a juíza Raquel Machado de Andrade, Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, considerou que as matérias eram ‘ofensivas à honra subjetiva e objetiva do autor, dado seu caráter difamatório’. Ela também considerou que as reportagens também distorciam e omitiam fatos para atingirem Sant’Anna.

(*) Com informações do Consultor Jurídico’



PINOCHET MORTO
Comunique-se

Repórteres se tornam alvo de manifestantes pró-Pinochet no Chile, 11/12/06

‘Partidários e simpatizantes do ex-ditador Augusto Pinochet, os Pinochetistas, agrediram jornalistas nesta domingo (10/12) enquanto aguardavam informações em frente ao hospital sobre o estado de saúde do ex-general. Ele morreu ontem, aos 91 anos, devido a complicações cardíacas.

Os policiais chilenos tiveram que intervir para controlar a situação. Os repórteres foram atingidos por bolsas e outros objetos que eram lançados pelos manifestantes. Em Santiago, capital do Chile, pessoas saíram às ruas para comemorar a morte do ex-ditador.

(*) Com informações da Agência Ansa’



ÉPOCA vs. ISTOÉ
Marcelo Tavela

Revista Época trata como inéditas entrevistas já feitas por IstoÉ Dinheiro, 8/12/06

‘Na última edição de Época, de 4/12, a reportagem ‘Eles estavam lá’, de Matheus Machado, trouxe uma entrevista com dois controladores do Cindacta I que trabalharam na tarde de 29/10, quando o Boeing da Gol, vôo 1907, se chocou com Legacy particular da empresa ExcelAir, causando a morte de 154 pessoas. A entrevista é anunciada como inédita, e assim foi repercutida por O Globo, Estado de S. Paulo e pelo ‘Jornal Nacional’, da TV Globo. Porém, cerca de 20 dias antes, a revista IstoÉ Dinheiro, de 15/11, já publicara a matéria ‘Descontrolados’, de Adriana Nicacio, com entrevista de dois controladores que trabalharam no dia fatídico.

As duas reportagens trazem muitas similaridades. Os controladores, que mantém anonimato nas duas revistas, falam do estresse regular no trabalho e da aflição na tarde de 29/10, após o pouso forçado do Legacy e o sumiço do vôo 1907. Denunciam a zona cega e as informações conflituosas sobre a altitude em que cada aeronave estava. Contam sobre a demora na chegada do apoio psicológico, de como dependem de medicamentos para dormir e das imagens que vêm à mente, como o piloto encontrado morto ainda agarrado ao manche. A reportagem de Época fala do aquartelamento dos controladores, ocorrido após a edição de IstoÉ Dinheiro chegar às bancas.

‘Acredito que tenha sido um caso de desconhecimento, mas a IstoÉ Dinheiro não é exatamente uma revista clandestina. Colocamos uma chamada na capa sobre a matéria. Os veículos costumam ler o que os outros escrevem. Só pediria um pouco mais de atenção’, comentou Leonardo Attuch, editor de IstoÉ Dinheiro. Adriana Nicacio não pôde ser localizada nesta sexta (8/12).

O repórter Matheus Machado, de Época, disse que os próprios controladores entrevistados garantiram que era a primeira entrevista concedida para uma revista. O ‘Fantástico’, programa da TV Globo, exibiu entrevista com um controlador do Cindacta I no dia 26/11.

As duas matérias podem ser lidas nos sites das publicações, a da Época aqui e da IstoÉ Dinheiro, aqui.’



INTERNET
Bruno Rodrigues

Às compras de natal, via internet!, 7/12/06

‘Já virou tradição: vai chegando o final de novembro nos Estados Unidos e grandes magazines, como a nova-iorquina Macy’s, preparam-se para enfrentar a sexta-feira entre o feriado do Dia de Ação de Graças e o final de semana. É um dia morto, em que não se vende quase nada. Pudera: os americanos pegaram a estrada e estão aproveitando o feriadão.

Por conta disso, as lojas usam esta sexta-feira para apresentar ofertas ‘imperdíveis’, capaz de fazer muito cidadão pensar duas vezes se viaja ou não. A ‘sexta-feira negra’, como é chamada – ou como seria lembrada, não fosse a visão de marketing dos comerciantes -, é um sucesso, sempre.

Na internet, é o período em que estas mesmas lojas, agora acompanhadas de milhares de outras pequenas e grandes lojas virtuais, preparam-se para a volta do feriadão americano. Chegou a hora da ‘segunda-cyber’, o dia oficial da largada das compras via web.

É provável que, muito em breve, o evento se espalhe pelos grandes sites de compras do restante do mundo, inclusive os do Brasil, já que o Dia de Ação de Graças coincide com o início de dezembro e a corrida rumo às festas de final de ano.

Falando nisso, e você, já preparou a lista de compras de Natal que irá fazer pela internet?

Para muitos, esta é uma pergunta que beira à insanidade. Compras via web pertenceria à mesma categoria que escalar o Everest de sunga ou nadar em um rio de piranhas. ‘Dar o número do meu cartão de crédito? Nem pensar’ É sempre a justificativa que ouço cada vez que eu faço uma pesquisa com meus alunos.

Fato é que, após anos de resistência, os usuários brasileiros que não compram na Rede começam a se tornar exceção. Este ano, 7 milhões de internautas gastaram, e muito, em sites de comércio eletrônico: foram 4 bilhões de reais, um aumento – pasmem- de 70% em relação a 2005. Para o ano que vem, espera-se outros 50%, e a conquista de mais 10 milhões de consumidores, segundo ‘O Globo’.

Assim como acontece na web americana, a brasileira é repleta de sites de marcas conhecidas com ofertas que você *jamais* encontraria nas outras filiais. São bons preços você encontra em lojas virtuais como Saraiva.com, da Casa & Vídeo, do Ponto Frio, entre tantas.

Não há porque ter medo. Vale repetir o velho mantra que eu e outros defensores e divulgadores do e-commerce tentam passam à diante: fraudes com cartão de crédito acontecem em número consideravelmente maior em situações corriqueiras do dia-a-dia, como pagar a conta do almoço em um restaurante. Mas sei que é uma justificativa que não basta para a grande maioria que se exclui espontaneamente do comércio eletrônico.

Há um movimento mundial, incluindo aí veículos diversos como o ‘The New York Times’, a ‘Folha de São Paulo’ e revistas como a ‘Martha Stewart Living’ deste mês – divulgadora da marca da empresária americana, que vende horrores nos Estados Unidos via catálogo e internet – que tentam desmistificar a compra através da web, publicando matérias para explicar seus reais perigos.

Sobre cartão de crédito, uma dica é a regra entre habituées de e-commerce como eu: tenha um cartão com limite baixo apenas para a internet. Ou peça cartões de crédito virtuais, como alguns bancos como o Unibanco oferecem – eles são ainda mais seguros contra golpes.

Vale também lembrar que a maioria das grandes marcas, hoje em dia, investe milhões na segurança de seus sites. Por isso, outra dica é apenas comprar em versões virtuais de lojas reais e tradicionais – a exceção são os sites Shoptime e Submarino, marcas que surgiram na Rede, mas que já mostraram ao consumidor que lá ele pode comprar tranqüilo.

Estes dois sites, inclusive, são a prova do sucesso do comércio eletrônico por aqui. Ambos foram absorvidos, ao longo deste ano, por outra loja poderosa, a Americanas.com. Juntas, as três marcas pretendem enfrentar o mercado de 2007, que será disputadíssimo com a entrada de empresas como Renner, Casas Bahia, e Carrefour, mas uma maravilha para o consumidor, que só terá a lucrar com o tiroteio de ofertas entre os concorrentes.

Se ainda assim você não se convenceu em dar o número do cartão de crédito, então vamos à outra opção, o pagamento por boleto bancário. Isso mesmo: ao comprar, imprima o boleto e pague através do seu banco na internet ou mesmo pelo telefone. Não há porque ter medo, concorda?

Para quem já perdeu o medo há tempos, o próximo ano traz a boa novidade do cartão de débito, que até agora era uma modalidade de pagamento oferecida em apenas alguns sites e por poucos bancos. Tanto Visa quanto Mastercard prometem aumentar as opções ainda no primeiro semestre.

Seja qual for a sua opção, vale a pena deixar a desconfiança de lado. E, é claro, não por isso abandonar velhos costumes: pesquise, pesquise, pesquise. A grande oferta daqui pode ser o dobro do preço dali. Só não dá para pechinchar… Ainda!

(*) É autor do primeiro livro em português e terceiro no mundo sobre conteúdo online, ‘Webwriting – Pensando o texto para mídia digital’. Ministra treinamentos e presta consultoria em Webwriting e Arquitetura da Informação no Brasil e no exterior. Em seis anos, seus cursos formaram 1.200 alunos. Desde 1997, é coordenador da equipe de informação do website Petrobras, um dos maiores da internet brasileira, com 4.000 páginas em português e versões em inglês e espanhol e é citado no verbete ‘Webwriting’ do ‘Dicionário de Comunicação’ (Editora Objetiva, 2001), há três décadas uma das principais referências na área de Comunicação Social no Brasil.’



GOVERNO LULA
Milton Coelho da Graça

Mas que mancada, dona Imprensa!, 6/12/06

‘‘Como, no governo do presidente Lula, um homem que faz um programa social dessa natureza, passa um dispositivo de lei como este aqui?’

Essa pergunta feita pelo ex-presidente José Sarney, na tribuna do Senado, nesta terça-feira, 5/12, poderia também ter sido assim:

Como jornais, tevês e rádios não deram uma linha sobre um projeto do Ministério da Justiça, que pode prejudicar uma enorme parcela da população brasileira, nem tampouco a aprovação pela Câmara e pelo Senado? Sarney tornou-se o ombudsman da imprensa brasileira e do próprio Legislativo, ao admitir ter também votado a favor do projeto ‘escondidinho’, que altera o dispositivo 5869 do Código de Processo Civil, permitindo a penhorabilidade de imóvel único de família para pagar dívidas.

A Justiça é lenta, existem centenas de dispositivos nos códigos processuais que deveriam passar por uma bela revisão, mas o Ministro da Justiça só escolheu o 5869, sem distribuir releases e fazendo lobby constante nas duas casas do Congresso, para garantir a rápida e silenciosa aprovação, a ponto de Sarney ter votado até contra uma iniciativa que ele mesmo aprovara quando Presidente da República.

É simplesmente escandalosa a maneira como a proposta foi encaminhada e aprovada, porque mostra como o Executivo pode escamotear informações sobre uma proposta de lei, como senadores e deputados podem votar sem ter a menor idéia do que se trata, e como a imprensa pode ficar ‘por fora’ de assuntos extremamente relevantes para a população. A quem interessou essa operação ‘secreta’? Qual saco está sendo acariciado pelo Ministério da Justiça? Receita Federal? Ordem dos Advogados? Grandes escritórios de advocacia? Todos esperamos que a imprensa corra agora atrás das respostas a essas perguntas.

Obrigado, senador Sarney, por sua vigilância. Que tal arranjar também um emprego na assessoria de imprensa do Congresso, como repórter de TV ou de algum dos nossos grandes jornais ou mesmo ombudsman de toda a imprensa, já que o Conselho de Comunicação Social provavelmente mais uma vez não abrirá a boca?

(*) Milton Coelho da Graça, 76, jornalista desde 1959. Foi editor-chefe de O Globo e outros jornais (inclusive os clandestinos Notícias Censuradas e Resistência), das revistas Realidade, IstoÉ, 4 Rodas, Placar, Intervalo e deste Comunique-se.’



JORNAL DA IMPRENÇA
Moacir Japiassu

Atleta de Cristo, 7/12/06

‘A casa do passageiro

é o meio da rua

por isso esse ar de loucura

(Nei Duclós in No Meio da Rua)

Atleta de Cristo

Em matéria certamente inspirada pelo Capiroto, a Veja engrossou o coro dos infiéis:

Entre a cruz e a cadeia, dizia o título que abrigava este olho: A Justiça decreta a prisão do casal Hernandes, da igreja Renascer, por estelionato e lavagem de dinheiro.

Janistraquis, que sempre confundiu apostolado com apostemado, tem a solução para a tragédia:

‘Considerado, basta o craque Kaká partir pro ataque em defesa do casal, pois é o mais famoso militante da igreja e ainda está em liberdade.’

O velho Jonas

Janistraquis leu este comentário postado sob a excelente coluna do considerado José Paulo Lanyi:

Jonas S. Marcondes [30/11/2006 – 17:39]

Lembro-me da queda de Constantinopla pelos Turcos de Maomé III. Foi o inicio da idade moderna. Sempre cometo os mesmos erros, quando não faço uma revisão, não tem jeito.

Meu secretário quedou-se admirado:

‘A média de idade do brasileiro aumentou para 72 e quebrados e o considerado Jonas deve achar graça; afinal, não é qualquer um que se lembra da queda de Constantinopla! Não o imaginava tão velho, principalmente porque os comentários dele sempre me pareceram os de um homem ainda moço. Parabéns, Jonas!’

Faço minhas as palavras de Janistraquis. Na minha idade, o dia de ontem é uma vaga lembrança…

Lirismo de macho

Leia no Blogstraquis a íntegra de No Meio da Rua, mais um poema de Nei Duclós que revela esse ‘lirismo de macho’, como diz Janistraquis.

‘Reincersão’

O considerado Emmanoel José Lourenço, professor do curso de Jornalismo da Unoesc, em Santa Catarina, personagem da coluna de 30/11 (releia aqui), enviou-nos o seguinte texto:

Vi em sua coluna, hoje, uma ‘reclamação’ do senhor Ageu Vieira quanto à manchete Pesquisa avalia a reincersão social do adolescente infrator por meio da liberdade assistida. Em respeito à sua coluna, venho confirmar o erro no material encaminhado aos colegas de imprensa pela minha monitora, que é acadêmica do curso de Jornalismo. A manchete está diferente do que foi publicado no site da Universidade, que é quando eu libero as matérias; todavia, a acadêmica copiou o texto e a manchete, esta última de forma equivocada.

Erros acontecem e isso independe se quem os cometeu é um professor de Jornalismo, de Letras, ou um bacharel em Direito, como é o senhor Ageu. Em dois anos e meio de envio de releases ao senhor Ageu, pelo menos essa foi a primeira vez que ele comentou um erro nosso. Pena que não o fez a quem mais interessava, afinal, ‘profissionalismo e coleguismo’ são virtudes de poucos. Independentemente da crítica, continuaremos mantendo a mesma relação profissional com o senhor Ageu Vieira e a emissora de rádio que ele representa; afinal, cada dia é um aprendizado.

Bom baixinho

O considerado Marco Antônio Rocha enviou esta mensagem aos integrantes de seu fidelíssimo séquito:

Quero recomendar, enfaticamente, a todos os amigos, a leitura de O Súdito, obra tipo buldogue – dessas que pegam o leitor e não largam. O autor é um dos melhores jornalistas que conheço há anos, Jorge Okubaro, atualmente editorialista do Estadão. Trata-se, em síntese, da biografia do seu pai, que veio para o Brasil com 13 anos de idade, procedente de Okinawa e aqui fez a vida – e que vida, gente! Mas, ao mesmo tempo, é um sensacional relato das relações Brasil-Japão ao longo do século XX. Diria, para resumir, um sensacional romance-histórico: emocionante, magnificamente escrito, mas extremamente preciso e judicioso nas referências históricas. Vale muito à pena.

Janistraquis planeja vender alguma coisa aqui do sítio para conseguir dinheiro e comprar o livro:

‘Considerado, se o Marco Antônio diz que é do cacete, é porque é do cacete! Poucos têm tanto bom gosto quanto aquele baixinho.’

Eugênio Bucci

Esta coluna cumprimenta o considerado Eugênio Bucci, presidente da Radiobrás, que o Prêmio Aberje Brasil elegeu Comunicador do Ano. Janistraquis e eu somos ouvintes da Voz do Brasil desde quando se chamava Hora do Brasil e podemos atestar a isenção do programa, atualmente um jornalístico de respeito.

É claro que tal independência desagrada os fascistas oficiais, os quais exigem maior ‘engajamento’ na divulgação das notícias, ou seja, querem que a Voz do Brasil retroceda àquele programa do velho Departamento de Imprensa e Propaganda, o DIP de Vargas, ou o oba-oba do ‘ninguém segura este país’, fedentinoso cíbalo da ditadura militar.

A força do povo

Estimulante manchete da Folha de S. Paulo:

Chávez defende reeleição sem limite

Venezuelano confirma que proporá reforma da Constituição para que possa concorrer a mais de dois mandatos consecutivos.

Ninguém convence Janistraquis de que por aqui não se esteja a pensar no mesmo assunto:

‘É que falecem lideranças nos quadros do PT, considerado, e o único meio de o partido continuar pensando naquele Reich de Mil Anos é Lula de novo com a força do povo, em 2010, 2014, 2018 e assim por diante, até que a idade não mais permita grandes aventuras a esse autêntico João Grilo da política brasileira.’

Verdade, pois é improvável que o presidente ultrapasse a longevidade do Jonas Marcondes, por exemplo.

Aquele bafo

Deu no Vidanet:

‘O futuro do Brasil é movido a cana’ (chamada de um programa de rádio sobre o Pró-Álcool transmitido nesta semana em rede pública americana).

Galinheiro

Janistraquis, que desde 2002 mantém várias pulgas atrás da orelha, barbas de molho e os dois pés atrás, ousa prever:

‘O segundo mandato vai ser uma coooooooiiiiiiisa, considerado; uma coooooiiiiiisa!!!’

E recordou velha manchete de jornal, de quando terminou o governo de Carlos Lacerda no Rio de Janeiro: LEVARAM ATÉ AS GALINHAS DO PALÁCIO!

Presente útil

Nestes tempos anoréxicos e bulímicos em que as moçoilas se acham sempre gordíssimas e estão dispostas a morrer para ter o corpinho daquela Olívia Palito dos quadrinhos, a coluna sugere a leitura do precioso livro intitulado Agora ou Nunca, cuja protagonista é uma jovem modelo candidata a morrer de inanição.

Agora ou Nunca (104 páginas, R$ 21,90) é livro de excelentes texto e trama e constitui indispensável presente para todas aquelas que temem a farta ceia de Natal. A autora é a considerada Anna Catharina Siqueira, nossa diretora aqui do Comunique-se. À venda no site da Editora Scipione.

Atenciosos?!?!

O considerado Roldão Simas Filho, diretor de nossa sucursal no Planalto, de onde se avista o pessoal do governo a derrapar em todas as curvas, pois Roldão lia o caderno Veículos do Correio Braziliense, quando foi obrigado a dar formidável freada diante deste textinho intitulado Sinal de Alerta:

‘Um olho na missa …o outro no padre. O ditado popular parece não se aplicar muito bem à realidade dos motoristas brasileiros. Três em cada quatro acidentes que acontecem nas estradas do país poderiam ser evitados pelos condutores se eles seguissem as regras de trânsito e fossem mais atenciosos. É o que revela a pesquisa realizada este ano pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas estradas brasileiras.’

Nosso Mestre, que dirige bem em qualquer estrada, comentou:

Não é preciso ser atencioso ao volante; basta ser mais atento…

Nota dez

O considerado leitor conhece os documentários sobre escritores brasileiros que Fernando Sabino fez com o cineasta David Neves? Pois esse foi assunto para mais um brilhante texto do Mestre Sérgio Augusto no Caderno 2 do Estadão. Leia no Blogstraquis.

Errei, sim!

‘PÉSSIMO RUM – Na crítica ao filme A Lenda do Santo Beberrão, de Ermano Olmi, publicada na Folha de S. Paulo, lia-se: ‘(…) São três semanas de provação, de recordação e de muito, muito vinho (ou rum, destilado de vinho)’. Janistraquis, íntimo de Baco, ficou horrorizado: ‘Considerado, nunca enxuguei rum que não fosse jamaicano e feito de cana-de-açúcar; esse que o crítico da Folha experimentou não pode ser chamado de rum, mas de ruim’ , permitiu-se o sórdido trocadilho.’ (novembro de 1991)

Colaborem com a coluna, que é atualizada às quintas-feiras: Caixa Postal 067 – CEP 12530-970, Cunha (SP) ou moacir.japiassu@bol.com.br).

(*) Paraibano, 64 anos de idade e 44 de profissão, é jornalista, escritor e torcedor do Vasco. Trabalhou no Correio de Minas, Última Hora, Jornal do Brasil, Pais&Filhos, Jornal da Tarde, Istoé, Veja, Placar, Elle. E foi editor-chefe do Fantástico. Criou os prêmios Líbero Badaró e Claudio Abramo. Também escreveu oito livros, dos quais três romances.’



COCAÍNA NA MAMADEIRA
José Paulo Lanyi

Suspeito, alegado e suposto, 7/12/06

‘‘Confúcio, à pergunta de um discípulo que desejava reparar uma calúnia contra um homem honrado, sugeriu que subisse uma montanha e do seu cume espalhasse as penas de um travesseiro; se conseguisse depois recolhê-las todas, teria recomposto a honra do caluniado’.

Eu já havia lido sobre a ilustração do travesseiro de penas no alto da montanha, mas não sabia que esse era um pensamento de Confúcio. Ao menos é o que se diz nesse trecho de artigo dos advogados Roberto Delmanto e Roberto Delmanto Junior sobre a Lei de Imprensa, publicado em 2003 na Revista dos Advogados. Há também quem cite Tomás de Aquino – que pode, por sua vez, ter bebido na fonte do Oriente.

Quem quer que tenha sido o autor- e nessa busca peço a ajuda de todos vocês-, concebeu um raciocínio brilhante, desses que a gente mesmo gostaria de ter criado, tamanho o alcance da sua sabedoria.

Penso nisso quando leio a manchete do Diário de S. Paulo desta terça-feira, sobre um laudo que inocenta uma mãe de ter misturado cocaína ao leite da mamadeira de sua filha de um ano e três meses de vida. O bebê morreu, de causa ainda sob investigação, e a sua mãe foi para a cadeia, onde chegou a ser espancada por outras presas.

Ainda que seja inocentada pela Justiça, essa mulher ficará marcada por todo o sempre. Bem, dirão alguns, é para isso que existe a Justiça…

Se fosse justa não mandaria prender antes da hora, há de se argumentar, ainda que com os olhos postos em todos os dispositivos que se devem levar em conta para decretar ou não a prisão preventiva ou temporária de um acusado.

Não quero entrar no mérito desse caso, não tenho elementos para uma conclusão. O que posso dizer é que miséria pouca sempre será uma tremenda bobagem. E a mídia tem feito a sua parte.

Como no caso recente do casal assassinado em Perdizes, bairro de classe média de São Paulo. Leia, por exemplo, essa série de ‘Leia Também’ do portal G1, sob o título principal ‘Vizinho de Casal Morto se Apresenta como Autor do Crime’.

Leia também:

Casal é encontrado morto em casa em Perdizes

Polícia vê indícios de envolvimento de filho em morte de casal em SP

Crime da Rua Cayowaá: filho não é formalmente suspeito

Casal morto: polícia não descarta envolvimento de filho

Filho de casal assassinado em São Paulo presta depoimento na UTI

Casa onde idosos foram mortos em São Paulo é pichada de madrugada

Policiais do DHPP procuram pistas em casa de casal morto a facadas

DHPP ouve cinco pessoas no caso da morte de casal de idosos

Casal morto: filho agora é tratado como vítima

Filho não comparece a enterro de casal assassinado em Perdizes

Casal assassinado em perdizes tinha família unida, dizem vizinhos

Destaco o G1, como poderia apresentar mais de uma dezena de veículos. Tanto faz. A linha é sempre a da voz oficial. E uma vítima (será?) pode tornar-se suspeita (será?) e vice-versa.

Como não sou um mero teórico, mas profissional de Redação, conheço as dificuldades de apuração, edição e veiculação de uma notícia. Não é mesmo fácil, reconheço. Mas é preciso ser prudente até a obsessão. Basta colocar-se na pele dos outros. Não se iluda: o próximo injustiçado pode ser você.

O jornalismo tem alguns mecanismos de tratamento de suspeitos. Como usar essa mesma palavra: suspeito. Convenhamos, aparecer como suspeito na mídia não é coisa das mais confortáveis. Mesmo que você prove a sua inocência será, para sempre, um… suspeito.

Há, também, a escolha de algumas palavras que livram a barra de qualquer um em um processo judicial por calúnia, injúria e difamação, desde que a matéria esteja ‘em ordem’: escreva ‘o suposto estuprador’, ‘a alegada matricida’ e tudo terminará bem, ao menos para você. O que não é suficiente para evitar o carimbo na testa do acusado.

Eu sei, eu sei… É o que deve ser feito, antes da decisão definitiva da Justiça. Senão, como vamos dar a notícia? Bom, uma opção seria fazer como se faz com os menores de idade: publiquem-se apenas as iniciais… Mas… e as denúncias contra os políticos, por exemplo? Como pressioná-los sem citá-los?

Eis a encruzilhada, no pé da montanha. Compartilho-a com você. Dê aqui a sua sugestão. Ninguém disse que seria fácil. Ser jornalista é difícil. Mas ser vítima de jornalista é ainda mais.

(*) José Paulo Lanyi é jornalista, escritor, crítico, dramaturgo, autor do romance ‘Calixto-Azar de Quem Votou em Mim’, do romance cênico (gênero que criou) ‘Deus me Disse que não Existe’, da peça ‘Quando Dorme o Vilarejo’ (Prêmio Vladimir Herzog) e da coletânea ‘Teatro de José Paulo Lanyi e Outros Loucos’ (no prelo), todos da editora O Artífice.’



DIRETÓRIO ACADÊMICO
Carlos Chaparro

Jornalismo e fraude, coisas excludentes, 8/12/06

‘O XIS AS QUESTÃO – Os bons profissionais, praticantes de jornalismo intelectualmente honesto, sabem que a boa entrevista é aquela que jamais frauda a verdade do entrevistado – que nem sempre está no ipsis litteris do que é dito. Frequentemente, a verdade do entrevistado está no âmago da emoção ou da idéia não expressada ou mal expressada. E há que saber alcançar e expressar essa verdade. Porque jornalismo e fraude não fazem liga. São coisas excludentes.

1. Crítica ideológica

O meu amigo e colega Bernardo Kucinski, sempre polêmico, escreveu mais um interessante artigo no portal da Agência Carta Maior, e o adjetivo ‘interessante’ não carrega qualquer sentido de concordância ou discordância em relação ao que o autor escreve. Concordando ou discordando, vale sempre a pena ler Kucinski. Desta vez, ele usou o seu espaço de colunista na Carta Maior para explicar o porquê da decisão, por ele adotada ultimamente, de recusar entrevistas a jornalistas. Razões que, se bem entendi, estão sintetizadas no segundo parágrafo do texto:

‘Penso que o principal motivo é o reconhecimento de que não existe mais uma língua comum entre nós – digamos de modo simplificado, entre esquerda e direita. Não se trata apenas do fato de que os jornalistas profissionais não procuram saber o que a gente pensa, e querem apenas pinçar frases que legitimem o seu discurso ou dêem pretexto para nos desancar. (…) Trata-se da perda de capacidade de se comunicar. (…) Quando nós dizemos que queremos democratizar a comunicação no Brasil, eles entendem que queremos controlar a comunicação no Brasil; quando dizemos que os jornalistas nos devem uma auto-reflexão sobre o comportamento da imprensa, eles entendem que estamos pedindo que parem de criticar o governo. Quando dizemos que a imprensa está distorcendo determinada história, eles distorcem o que nós dizemos. E assim vai. Tudo o que a esquerda e, em especial, os petistas dizem, é entendido como o seu contrário.’

Uma provocação dessas daria lugar, naturalmente, a animadas controvérsias, a começar pela aceitação ou rejeição do cenário proposto, de um mundo da informação – e talvez não só – dividido entre direitistas e esquerdistas, irredutíveis no radicalismo das respectivas visões de mundo. Como, porém, nem aqui, nem na China, nem no Governo Lula, nem nas redações, menos ainda no mundo real que nos cerca, as coisas são tão lineares assim, peço licença para não perder nem fazer perder tempo com uma discussão que exigiria viseiras ideológicas.

Rejeito a polêmica e as viseiras, mas aproveito o texto. Ou melhor: aproveito um sub-tema nele embutido, o das liberdades e limites que balizam, ou deviam balizar, o trabalho jornalístico de narrar entrevistas.

2. A ‘arte’ de fraudar

Também já passei,várias vezes, pelo constrangimento de ver publicadas, e a mim atribuídas, afirmações e idéias que não correspondiam nem ao que dissera nem ao que pensava. Em um ou outro caso, distorções propositais, maldosas, com o propósito de me prejudicar. Na maioria dos casos, porém, as distorções resultavam do livre exercício de um comportamento profissional em que a incompetência se mistura à irresponsabilidade, coisa nada rara nos usos e costumes do jornalismo brasileiro. Há, até, uma história engraçada, inesquecível, de entrevista concedida a uma repórter do velho e bom Jornal da Tarde. Ela adorava escrever textos de sabor literário. E usava liberdades estilísticas que por vezes iam bem além dos limites recomendados pelos manuais de redação. Além disso, era minha amiga.

A repórter me procurou para colher a minha opinião sobre a música e a poesia de Chico Buarque de Holanda. Com clareza, sinceridade e alguma elaboração conceitual, falei-lhe das emoções que me levavam a gostar sempre mais das canções de Chico Buarque, a cada vez que o ouvia cantar. Pois no outro dia, no texto fluente e bonito da minha amiga repórter, lá estavam, em discurso direto, dramatizadas pelo eficaz e saudoso travessão, declarações que não fizera. Com idéias que não eram minhas, mas dela. Do que realmente lhe dissera, nada aproveitara.

Depois, se justificou: ‘Sabe, eu tomei a liberdade de dar tratamento poético ao lado subjetivo do que você disse’… Ou seja: fraudou a nossa conversa.

Eis aí um sinal de algo lamentável que marca o jornalismo brasileiro e que jamais compreendi: o desembaraço com que alguns repórteres se apropriam do que lhes é dito por seus entrevistados.

Acredito que essa lógica de apropriação (o que o entrevistado me disse me pertence…) estimula distorções, tanto nas formas discursivas indiretas, construídas por enunciados constatativos (ele/ela disse, pensa, fez…), quanto nas formas do discurso direto, nas quais ao entrevistado se concede voz própria, para que assuma espaços e ação de sujeito na narração.

Claro que não devemos cair na leviandade das generalizações. São muitos os bons profissionais, praticantes de jornalismo intelectualmente honesto. E esses sabem que, quaisquer que sejam as formas da recriação literária da conversa havida, jamais se frauda a verdade do entrevistado – que nem sempre está no ipsis litteris do que é dito. Frequentemente, a verdade do entrevistado está no âmago da emoção ou da idéia não expressada ou mal expressada.

Quando assim é, e para que se alcance e se preserve a verdade do entrevistado, há que saber usar e articular as artes do bem narrar, graças às quais o narrador se pode assumir e impor como autor do texto. Mas artes que jamais devem ser usadas para subordinar o entrevistado ao narrador, fraudando a verdade da entrevista.

Jornalismo e fraude não fazem liga. São coisas excludentes.

(*) Carlos Chaparro é português naturalizado brasileiro e iniciou sua carreira de jornalista em Lisboa. Chegou ao Brasil em 1961 e trabalhou como repórter, editor e articulista em vários jornais e revistas de grande circulação, entre eles Jornal do Commercio (Recife), Diário de Pernambuco, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo, Diário Popular e revistas Visão e Mundo Econômico. Ganhou quatro prêmios Esso. Também trabalhou com comunicação empresarial e institucional. Em 1982, formou-se em Jornalismo pela Escola de Comunicação de Artes, da USP. Também pela universidade ele concluiu o mestrado em 1987, o doutorado em 1993 e a livre-docência em 1997. Como professor associado, aposentou-se em 1991. É autor de três livros: ‘Pragmática do Jornalismo’ (São Paulo, Summus, 1994), ‘Sotaques d’aquém e d’além-mar – Percursos e gêneros do jornalismo português e brasileiro’ (Santarém, Portugal, Jortejo, 1998) e ‘Linguagem dos Conflitos’ (Coimbra, Minerva Coimbra, 2001). O jornalista participou de dois outros livros sobre jornalismo, além de vários artigos (alguns deles sobre divulgação científica pelo jornalismo), difundidos em revistas científicas, brasileiras e internacionais.’



CRÔNICA ESPORTIVA
Antonio Brasil

Lições da vitória no vôlei

‘Em 2006, todos olharam para o velho futebol brasileiro com grande expectativa de mais uma vitória no mundial. Mas foi o jovem vôlei masculino que mais uma vez acabou lavando a nossa alma.

Somos os maiorais, bicampeões mundiais. Valeu a pena enfrentar as madrugadas insones para assistir a um show de garra pela TV. A seleção brasileira fez tudo que o nosso futebol não fez. Em termos de cobertura jornalística, a boa e discreta participação da Globo no campeonato, talvez também nos indique um bom caminho para o futuro.

Temos muito que aprender com a evolução do vôlei em nosso país. Os responsáveis pelo esporte se ajustaram aos novos tempos, novas mídias, não tiveram medo de mudar e hoje são motivo de orgulho. E o futuro do vôlei só está começando. Mas de qualquer maneira, é sempre bom lembrar que recordar é viver.

Isso não vai dar certo

No início dos anos 80, trabalhava no escritório da Globo em Londres. Fui procurado por um dos maiores entusiastas do vôlei no Brasil: o apresentador de TV Luciano do Vale. Ele queria discutir um projeto inusitado e mirabolante. Eu já o conhecia dos tempos de etapas européias da Fórmula 1 transmitidas pela Globo.

Luciano era um apaixonado pelo vôlei, um dos primeiros brasileiros a acreditar no potencial televisivo do esporte. Em um jantar de negócios, ele anunciou seus planos para montar uma empresa que iria se dedicar a divulgar o esporte e transmitir o esporte pela TV. Naquela época, isso era simplesmente impensável. Uma loucura. Não só o esporte era quase desconhecido do grande público, mas tinha um problema quase insolúvel para as emissoras de TV e para os anunciantes. Não tínhamos atletas famosos ou clubes conhecidos e as regras oficiais do vôlei com a disputa de vantagem em cada ponto tornavam o tempo dos sets e das partidas simplesmente imprevisíveis. Uma partida poderia levar uma hora, como poderia jamais terminar. Isso para os programadores e patrocinadores era um risco enorme. No país do futebol, vôlei não era esporte televisivo.

Pensei, pensei e acabei recusando o convite. Repeti para mim mesmo: Vôlei não era esporte televisivo. Até hoje me arrependo. Cometi um dos maiores erros de avaliação da minha vida. Subestimei a capacidade de ‘apaixonados’ como Luciano para tornar o vôlei um esporte de grande apelo nacional e internacional. Depois de várias recusas, contra tudo e contra todos, ele acabou oferecendo o seu projeto inusitado e ‘maluco’ para a rede Record e o resto é história. Luciano acreditou no sucesso do vôlei no Brasil.

O vôlei brasileiro está de parabéns. Não teve medo de mudar para melhor. Não teve medo de mudar para atingir o público e seduzir a TV. Hoje é um grande sucesso de audiência, motivo de alegria e lucros para os patrocinadores e mais uma vez campeão mundial.

Nós brasileiros temos muito a aprender com mais essa grande vitória da nossa equipe de vôlei. Eles demonstraram competência, garra, humildade, organização, espírito de equipe e muita vontade de vencer.

Mas nesse momento de comemoração, minha sincera homenagem ao amigo Luciano do Vale. Um visionário do vôlei no Brasil e na TV.

(*) É jornalista, professor de jornalismo da UERJ e professor visitante da Rutgers, The State University of New Jersey. Fez mestrado em Antropologia pela London School of Economics, doutorado em Ciência da Informação pela UFRJ e pós-doutorado em Novas Tecnologias na Rutgers University. Trabalhou no escritório da TV Globo em Londres e foi correspondente na América Latina para as agências internacionais de notícias para TV, UPITN e WTN. Autor de diversos livros, a destacar ‘Telejornalismo, Internet e Guerrilha Tecnológica’ e ‘O Poder das Imagens’. É torcedor do Flamengo e não tem vergonha de dizer que adora televisão.’



******************

Clique nos links abaixo para acessar os textos do final de semana selecionados para a seção Entre Aspas.

Folha de S. Paulo – 1

Folha de S. Paulo – 2

O Estado de S. Paulo – 1

O Estado de S. Paulo – 2

Blog do Paulo Moreira Leite

Veja

Comunique-se

Direto da Redação

Blog do Noblat